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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Depressão pode causar alterações no sono e peso e só passa se tratada

Ficar muito triste sem motivo e por muito tempo pode ser um sinal de alerta.Ao contrário de uma simples tristeza, depressão só passa com tratamento.



 Sentir-se triste às vezes por causa de um motivo específico é normal, mas quando essa tristeza aparece do nada e afeta a vontade de fazer atividades simples do dia a dia, pode ser um sinal de alerta.
A tristeza tem uma causa específica e não afeta a rotina do paciente, ao contrário da depressão, que persiste, aparece do nada e pode prejudicar muito a qualidade de vida, inclusive causar alterações no sono e peso, como explicou o psiquiatra Daniel Barros  no Bem Estar desta quarta-feira (27).
Segundo o psiquiatra, ao contrário da tristeza que logo passa, a depressão só passa se for bem tratada - seja com medicamentos, psicoterapia ou outras técnicas. Caso o paciente não faça o tratamento, ele pode perder anos saudáveis de sua vida porque perde a vontade de trabalhar, socializar e ter uma rotina normal. Estima-se que a doença atinja entre 5% e 10% das pessoas no país, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo. Além de prejudicar o dia a dia e fazer a pessoa se isolar, a depressão pode causar também perda de apetite, dificuldade para realizar tarefas cotidianas, sentimentos de impotência e culpa e, em casos mais graves, até mesmo pensamentos e tentativas de suicídio.
Por isso, a pessoa que tem esses sintomas por mais de duas semanas contínuas devem procurar imediatamente um médico. Se diagnosticada a depressão, ela fará um tratamento com remédios e psicoterapia, além de outras técnicas auxiliares, como exercícios físicos, acupuntura e boa alimentação.
A dieta, inclusive, pode também provocar sintomas parecidos aos da depressão. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, a falta de nutrientes, como ferro, vitamina B 12 e vitamina D, e doenças como hipotiroidismo e anemia são alguns dos fatores que podem afetar o cérebro. Por outro lado, existem alimentos que fazem bem para o sistema nervoso, como as carnes vermelhas e os peixes.
Além da alimentação, existem também algumas dicas de hábitos que podem ajudar a combater a tristeza, como recomendaram os médicos. Por exemplo, registrar em um caderno as coisas pelas quais a pessoa é grata, anotar o que é positivo no dia a dia e investir em boas experiências são atitudes que, comprovadamente, trazem sensação de prazer e bem-estar.
Depressão pós-parto
A depressão pode aparecer também após a gravidez e causar desânimo, tristeza, prostração, falta de fome, falta de apetite sexual e principalmente excesso de preocupação com os recém-nascidos.
A repórter Marina Araújo foi conhecer a história da Simone, que teve a filha com 29 semanas de gestação. Após a bebê nascer, ela começou a ficar extremamente preocupada e com medo de deixar a criança sozinha. Além disso, perdeu a vontade de sair e cuidar de si mesma.
Esse comportamento feminino após o parto pode acontecer por causa da variação hormonal, do uso de álcool ou drogas, do abandono de remédios antidepressivos na gravidez ou até mesmo por que o bebê é muito esperado, como foi o caso da Simone (veja no vídeo abaixo).
Segundo o psiquiatra Joel Rennó Jr., mulheres com depressão pós-parto se preocupam excessivamente com os filhos, ficam noites sem dormir e acabam prejudicando a própria vida e também do marido.
Porém, elas costumam se sentir envergonhadas de procurar um médico já que esse período deveria ser de alegria e não de tristeza profunda. Com isso, acabam criando uma angústia existencial e sofrem muito. Portanto, ao identificar qualquer um desses sinais após a gestação, é extremamente importante procurar um especialista para ajudar a tornar esse momento feliz e prazeroso para toda a família.

Fonte: Site Bem Estar

Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/02/depressao-pode-causar-alteracoes-no-sono-e-peso-e-so-passa-se-tratada.html>. Acesso em: 28 fev. 2013.











Fonte: Área Técnica de Saúde Mental (RJ)



Fonte: Área Técnica de Saúde Mental (RJ).

Mente e corpo, um dilema.

Desde Descartes, o problema mente-corpo é um dos grandes enigmas da filosofia. Com as novas descobertas científicas, o pensamento contemporâneo tem se esmerado em tentativas de responder a essa instigante questão. 



Nossa mente é provavelmente a coisa que temos de mais íntimo, e a ela vinculamos os nossos pensamentos, tristezas, alegrias, angústias, intenções, julgamentos, e assim por diante. Contudo, quando tentamos compreender de modo sistemático e coerente a natureza das relações entre a nossa mente e o nosso corpo, nos defrontamos com o problema mente-corpo. Configura-se como um problema porque o cérebro é um sistema físico, público e extenso, mas os fenômenos mentais, principalmente aqueles que envolvem consciência, parecem ser essencialmente subjetivos, inacessíveis à observação e à mensuração e, portanto, escapando a uma apreensão científica.
Sob um ponto de vista histórico, Descartes foi o precursor deste problema ao defender que pensamento e corpo estavam em realidades completamente distintas, que se relacionavam causalmente. Como explicar esta interação entre algo imaterial e algo material? Descartes a explicou postulando que a glândula pineal era a interface entre mente e matéria, mas a sua solução apenas transferia as dificuldades impostas pelo seu dualismo.

Leia reportagem completa: http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/40/mente-e-corpo-um-dilema-desde-descartes-o-problema-277346-1.asp

Fonte: Revista Filososfia

DOE LIVROS


Sensação de Ser Superior aos Outros Tem Razão Biológica, Dizem cCentistas


'Ilusão de superioridade' atinge maioria e é regulada pela dopamina. Descoberta pode ajudar no tratamento de depressão.

 
Cientistas dizem ter descoberto mecanismos biológicos que fazem as pessoas se sentirem superiores às outras, estado chamado por eles de "ilusão de superioridade".
A ilusão, afirmam os pesquisadores, é determinada pela interação de regiões cerebrais sob a influência da dopamina. Ela está profundamente ligada à evolução humana e atinge a maioria dos indivíduos.
A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (25) no site da "PNAS", a publicação da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Entre as instituições responsáveis pelo estudo estão a Agência de Ciência e Tecnologia do Japão e a Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos EUA.
A dopamina, neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar e prazer, tem papel de "regular" o estado de "ilusão de superioridade", segundo os cientistas. Eles descobriram que a substância "modula" as interações entre duas áreas do cérebro - o córtex frontal e o neoestriado.
"A conexão funcional entre o córtex frontal e o neoestriado" determina os níveis de "ilusão de superioridade", dizem os pesquisadores no estudo. "Nossa descoberta ajuda a entender como este aspecto essencial da mente humana é biologicamente determinado, e a identificar alvos neurológicos e moleculares para o tratamento da depressão."
Para os cientistas, a descoberta é importante para estudos futuros no combate à depressão. Pensamentos negativos sobre si mesmo são características do estado depressivo, e a ideia de sentir-se acima da média, em níveis moderados, ajuda na saúde mental.
 
Fonte: Bem-estar
 
Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/02/sensacao-de-ser-superior-aos-outros-tem-razao-biologica-dizem-cientistas.html>. Acesso em: 26 fev. 2013.

Sociedade de Consumo Banaliza Conceito de Felicidade


A tendência à simplificação do que é a felicidade e do que pode tornar as pessoas felizes, própria da necessidade de criar demandas de consumo da sociedade atual, pode produzir uma redução dos diferentes sentidos e interpretações que a felicidade pode ter. “Tanto será menor a qualidade da felicidade, quanto mais se fala dela, neste caso”, diz o psicólogo Luciano Espósito Sewaybricker, autor da pesquisa realizada no Instituto de Psicologia (IP) da USP.
A definição variada do que é felicidade e a tendência à banalização que a sociedade impõe ao desejo de satisfação, ideia compartilhada pelo conceito de Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, permitiram à Sewaybricker concluir que satisfação “em massa” e imediata não garantirá felicidade. Para a pesquisa, o psicólogo buscou conceituações da felicidade feita por alguns pensadores de variadas épocas para aproximar da Modernidade Líquida. A pesquisa, que começou em 2010 e foi finalizada em 2012, teve a orientação do professor Sigmar Malvezzi.
Pesquisa
Os pensadores do estudo foram: Platão, Aristóteles, Zenão de Cítia, Epicuro, Santo Agostinho, Bentham, Kant e Freud. Inicialmente, o psicólogo buscou nas obras destes homens respostas para quatro perguntas relacionadas à felicidade. No entanto, percebeu que não seria possível extrair, com as mesmas questões, os principais pontos relativos ao tema que pudessem servir à conclusão do trabalho. Entre os nomes estudados, alguns procuravam aproximar felicidade da virtude, do prazer ou do destino. O que foi possível, de alguma forma, admitir como comum a todos foi a ideia de que a felicidade é reconhecida como um ideal da existência.
Após análise de cada pensador, Sewaybricker conciliou essas definições à Modernidade Líquida de Bauman, porque acredita que este conceito faz um bom desenho teórico do que é a sociedade atual. Segundo Bauman, ao perseguir a “solidez”, ou seja, a estabilidade proposta pela modernidade, a sociedade percebeu que o “sólido” é inalcançável. Com isso, ocorreu uma flexibilização das metas de vida, o que foi metaforizado como “líquido”. Essa flexibilização leva a busca por laços transitórios, planejamentos a curto prazo e gratificações imediatas. No seu trabalho, Sewaybricker escreve: “Em meio à Modernidade Líquida, a humanidade encontra-se privada de uma destinação clara”.
Polissemia
Além disso, o levantamento dos conceitos dos pensadores levaram Sewaybricker a comprender a felicidade como um tema extremamente polissêmico. Seus múltiplos significados e interpretações impedem generalizações. Neste caso, a polissemia do tema pode ser interessante, porque leva a discussão à esfera individual, em detrimento à comunidade, ou coletividade, ou seja, cada pessoa tem sua condição de felicidade mais relacionada às suas concepções, realizações e desejos próprios, permitindo um aprofundamento das reflexões relacionadas. Com esta complexidade, é impossível definir uma fórmula da felicidade: cada um se considerará feliz da forma que lhe aprouver.
Por isso, a pergunta feita inicialmente na dissertação – “A atual organização social e do trabalho permite felicidade?”-  perde o sentido, pois alguma felicidade sempre será promovida, devido aos diversos níveis e formas de satisfação possíveis. “Felicidade pode ser um meio termo ou um extremo entre aspectos individuais ou coletivos, entre ideais ascéticos e ontológicos, prazeres e virtudes” diz Sewaybricker, e acrescenta, “suprir felicidades não significa que você não volte a um estado de insatisfação”.
Imposição
A abordagem do trabalho permite uma reflexão crítica sobre a busca pela felicidade e os percalços e frustrações que idealizações podem trazer. “Procurei trazer clareza para um tema constantemente em pauta” diz Sewaybricker, que também aponta para a constante cobrança de que as pessoas se afirmem como felizes. Segundo o filósofo André Comte-Sponville, autor também estudado para o mestrado, a constante recorrência ao tema é um sintoma de que o homem moderno não é feliz. “Tanto se fala quanto menos se tem” diz o psicólogo, parafraseando o filósofo francês.

Fonte: Agência USP

Disponível em:<http://www.usp.br/agen/?p=128761>. Acesso em: 26 fev. 2013.

Pesquisadores Brasileiros Aderem à Meditação Como Prática Terapêutica



Meditação da Mente Alerta
Pesquisadores brasileiros estão começando a utilizar meditação como prática terapêutica em larga escala.
A Clínica de Redução do Estresse está sendo implantada pelo Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Púbica (FSP) da USP.
O programa é similar à Mindfulness Based Stress Reduction (MBSR), da Universidade de Massachusetts (EUA), um trabalho iniciado em 1979.
A Clínica de Redução do Estresse tem como fundamento o emprego da Meditação da Mente Alerta, que está se tornando cada vez mais popular no meio médico.
Embora as técnicas de meditação tenham uma longa história de utilização no contexto do treinamento espiritual, nos últimos anos esses métodos começaram a ser sistematicamente aplicados e estudados como parte de um sistema de tratamento médico e psicológico no ocidente.
Vantagens da meditação
Vários estudos vêm mostrando a eficácia da meditação  em benefício da integração psicossomática, especialmente relacionada à diminuição dos sintomas ligados ao estresse e à ansiedade.
A prática regular desta modalidade de meditação promove a regulação do funcionamento do sistema imunológico, o que produz um "efeito cascata", beneficiando as defesas do organismo no combate a várias enfermidades.
Pesquisas têm demonstrado que essa prática pode produzir efeitos de curta e longa duração que podem afetar as funções cognitivas e afetivas de forma positiva, entre eles a autoaceitação, ressignificação de experiências emocionais e redução da impulsividade.

Desde a década de 70, também ganhou destaque a investigação dos efeitos cerebrais da meditação, sob a premissa de que estados mentais como baixa ansiedade e afetos positivos podem alterar a atividade neuroelétrica.
Atualmente sabe-se que, além das mudanças funcionais, a meditação também pode produzir mudanças estruturais, atuando sobre a plasticidade cerebral.
Uma pesquisa que comparou a espessura do córtex de meditadores experientes com um grupo de controle encontrou uma diferença significativa nas regiões relacionadas à sustentação da atenção, onde a espessura era maior nos praticantes experientes.
Terapia natural
A prática da meditação da atenção plena vem sendo cada vez mais utilizada na prevenção, promoção e no tratamento de várias patologias nas clínicas de saúde mental, oncologia, cardiovascular, dermatologia e gastroenteroloimplangia no Brasil e no mundo.
Suas principais vantagens são o baixo custo, autonomia do paciente e o fato de ser uma terapia natural. Pesquisas mostraram que meditadores com cinco anos de prática ou mais reduzem em até 70% sua procura pelo Sistema de Saúde.
A partir de agosto deste ano, os pesquisadores brasileiros vão começar a pesquisa "Aplicação da Meditação da Atenção Plena" em pacientes com estresse crônico, com o objetivo de aprimorar os conhecimentos e o ensino deste tipo de intervenção no âmbito da saúde coletiva.

 
Fonte: Diário da Saúde
 

Exame de Sangue Identificará Tendências Suicidas


Estudo da Suécia indica relação entre tendências suicidas a níveis elevados de ácido quinolínico no sangue 

No ano passado, pesquisas realizadas na Suécia publicaram um estudo que indicava relação entre tendências suicidas a níveis elevados de ácido quinolínico no sangue, um neurotransmissor associado à inflamação. 
Atualmente, uma equipe de cientistas da Austrália trabalha com esta constatação para desenvolver um exame de sangue capaz de medir o nível do ácido no sangue. A intenção é que o teste auxilie os médicos no diagnóstico das condições mentais de uma pessoa depressiva. 
Além disso, espera-se que o exame contribua como ferramenta de pesquisa que permita estabelecer relações entre a depressão e o sistema imunológico das pessoas e também investigar o papel do ácido quinolínico em doenças relacionadas ao cérebro, como mal de Alzheimer, autismo e esquizofrenia. 
 
Fonte: Revista Galileu Galilei
 
Disponível em:<http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI331760-17770,00-EXAME+DE+SANGUE+IDENTIFICARA+TENDENCIAS+SUICIDAS.html>. Acesso em: 26 fev. 2013.

No SUS, Atendimento Médico a Usuários Cresceu 20% em Um Ano


Pesquisa indica 2,8 milhões de dependentes de cocaína e crack

A conta das drogas
Não é apenas o total de auxílios-doença a dependentes químicos de cocaína e crack que tem crescido no Brasil. Nos últimos anos, o número de atendimentos médicos a usuários de drogas em geral também aumentou na rede pública de saúde. Em 2012, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) registraram 7,5 milhões de atendimentos, elevação de 20,6% sobre 2011, quando foram registrados 6,2 milhões. Nos últimos quatro anos, o total de assistências oferecidas, que cresce a cada ano, passou dos 24 milhões e apresentou um salto de 51%.

Os dados inéditos foram obtidos a pedido do GLOBO com o Ministério da Saúde. De 2002 a 2011, o orçamento da pasta para iniciativas de saúde mental, que engloba o que é destinado a dependentes químicos, aumentou três vezes, passando de R$ 620 milhões para R$ 1,8 bilhão. Para reforçar o tratamento a usuários de droga, sobretudo viciados em crack, o Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu em 2011 um reforço de caixa de R$ 2 bilhões, montante que deverá ser investido até 2014 e foi destinado ao programa do governo federal "Crack é Possível Vencer".

O secretário nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior, reconhece que o número de dependentes químicos tem crescido no país, fator que, segundo ele, explica o aumento do atendimento na rede pública. Ele aponta como outro motivo o aumento da busca por tratamento médico, realizada tanto pelo próprio dependente químico como por parentes e familiares. Na avaliação dele, o baixo custo do crack e o alto poder de vício da droga explicam o seu avanço:

- De um lado, a situação da dependência química tem aumentado de maneira perceptível. De outro, as pessoas têm procurado mais ajuda no país, o que mostra que o nosso serviço tem respondido, mas precisamos ampliá-lo, evidentemente.

A avaliação do secretário nacional é semelhante à da psicanalista Ivone Ponczek, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ela observa que, por ser uma droga de fácil acesso, o número de dependentes de crack tem aumentado no Brasil nos últimos seis anos. No subcentro de atendimento da entidade que coordena, sete de cada dez dependentes químicos são usuários da droga.

- Como o crack é mais barato e de fácil acesso, acaba sendo uma opção para muitos dependentes. Causa muito rápido a dependência e já chegou a todas as classes sociais. Nós observamos, no Rio, que os usuários são cada vez mais jovens - afirmou Ivone.

Hoje, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos em usuários de cocaína e crack. Segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, o país possui, ao todo, 2,8 milhões de usuários dessas duas drogas, enquanto os Estados Unidos apresentam 4,1 milhões. Se considerados os entorpecentes de maneira isolada, o Brasil possui o maior mercado de crack do mundo, que representa 20% do total.

O levantamento mostrou ainda que a Região Sudeste concentra 46% do total de usuários de crack e cocaína, num total de 1,4 milhão. Na sequência, aparecem o Nordeste (27%), Centro-Oeste (10%) e Norte (10%). Em São Paulo, estado com maior concentração de usuários de crack, o programa de internações compulsórias realizou, em um mês, 223 internações, prestou 1.509 atendimentos e recebeu 8.171 ligações por informações.
 
Fonte: Jornal O Globo via Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Disponível em: <http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 26 fev. 2013.

A Rotina no Corredor da Vida


Profissionais-chave nas UTIs, os médicos intensivistas lidam diariamente com a luta extrema pela sobrevivência. Ao entrarem nas salas de acesso restrito, levam as próprias histórias, as expectativas da família dos pacientes e os perigos inerentes à existência humana.
 
Todo dia ela faz tudo sempre igual, mas completamente diferente. Há mais de duas décadas, a pediatra Débora Nunes, 51 anos, acorda, põe o jaleco branco e, quando chega ao hospital, passa pela porta que sinaliza o acesso restrito. Ela entra calada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e neonatal do Hospital Anchieta, em Brasília, e passa em cada leito para ver seus pequenos pacientes. Apesar da rotina, a médica intensivista nunca sabe que tipo de paciente chegará ao local onde a luta pela sobrevivência é levada ao extremo.

O desconhecido, entretanto, não existe só para a equipe de profissionais de saúde envolvida na terapia intensiva. Para mães, pais, avós e colegas, ter passe livre ao local de acesso restrito é quase sempre apavorante. Em um único ambiente, são vários leitos divididos por cortinas que conferem uma certa privacidade ao paciente. A divisão visual, entretanto, não se replica à sonora. Os bipes das máquinas são constantes, os choros, as risadas, são todos ruídos compartilhados. O fluxo de pessoas também é intenso. De tempo em tempo, há a visita das equipes compostas por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, infectologistas e tantas outras especialidades. 

“Na primeira entrada na UTI, existe um impacto grande, a pessoa fica um pouco paralisada, não sabe direito para onde olhar. Ela tem medo de olhar o familiar internado daquele jeito, ela ouve o bipe do monitor, vê o respirador, vê que é muita gente circulando”, relata Débora. Para o estresse dos familiares, o remédio que a intensivista dá é carinho e atenção. Um dos seus primeiros desafios é conquistar a confiança dos pais e deixá-los seguros de que a equipe profissional está ali para olhar as máquinas e os bipes. A função dos familiares é olhar para o bebê e acreditar no seu potencial de recuperação.

A história profissional de Débora é repleta de ensinamentos adquiridos de sua experiência pessoal e afetiva. Aos 6 anos de idade, a médica presenciou a angústia da morte de seu irmão, vítima de poliomielite. “Eu já perdi um irmão dentro de uma terapia intensiva. Ele já estava em um estágio muito grave, tetraplégico, não movimentava nada”. Ela conta que, na época, os pais não podiam ficar o tempo todo dentro da UTI e, por isso, a mãe passava noite e dia dormindo em um banco de madeira ao lado da unidade intensiva. “Teve um momento em que ela disse que estava muito cansada. Ela sentiu que alguém de branco se aproximou, lhe massageou os pés e os colocou em uma bacia de água quente. Foi a primeira vez que a minha mãe conseguiu dormir profundamente naquele banco duro”, conta. 

Ao acordar, a mãe de Débora percebeu uma correria na UTI. Era seu filho que tinha morrido. “De alguma forma, ela foi preservada desse momento de dor absurda de perceber o filho morrendo, porque alguém deu amor e carinho a ela”. Para a intensivista pediátrica, pode ter sido um anjo. O episódio marcou tanto a vida de Débora que ela definiu que, em sua profissão, nunca se permitiria desumanizar, nunca deixaria de se colocar no lugar de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um tio. “Às vezes, a criança nasce completamente malformada, mas a família esperava muito por ela e a quer completamente malformada. E o que for necessário a gente tem que fazer”, defende. 

Formação demorada

Apesar de a UTI ser um lugar que desperte medo nas pessoas, Marcelo Maia, 49 anos, coordenador médico do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Santa Luzia, reforça que 90% dos internados conseguem sobreviver e se recuperar. “Quanto mais rápido você tratar o paciente, mais respostas positivas terá. Colocamos todos os nossos esforços nos três primeiros dias, essas horas são cruciais”, afirma. Ainda que os avanços tecnológicos tenham permitido o sucesso da maioria dos tratamentos intensivos, o cirurgião acredita que um bom profissional faz toda a diferença. “A formação de um médico intensivista é muito demorada, não leva menos de 10 anos para se tornar um bom profissional apto a tratar de pacientes críticos.” 

Além do conhecimento médico, Marcelo reforça que o dia a dia no centro de terapia intensiva proporciona diversas experiências inusitadas e até mesmo “pitorescas”. Ele relembra o caso em que o paciente internado tinha duas mulheres, uma oficial e outra extraoficial. Marcelo teve que abrir uma exceção nos horários de visita para que as duas mulheres não se encontrassem. A relação com os familiares também é muito diferente da que o médico tem nos consultórios. “Há paciente que fica internado por um período muito longo e a gente acaba lidando com a família todos os dias. É impossível não se envolver. Às vezes, você acaba resgatando problemas que não são do paciente em si, a família vem e desabafa com você. Tem dias que isso aqui vira consultório de psicologia”, brinca. 

A jornada, no entanto, não é fácil. Entre os profissionais da terapia intensiva, é frequente o quadro da síndrome de burnout, tensão emocional ocasionada pelo esgotamento no trabalho. Já para os pacientes, a perda da noção de dia e noite pode levar ao estado de confusão mental durante o período de internação. “É por isso que toda unidade tem que ter janelas para permitir a entrada de luz natural. A falta de conexão com o ambiente externo pode deixar o paciente melancólico, hipoativo e com desconexão verbal”, alerta Maia. 

Gestão de desastre 

Se em situações normais de atendimento, a logística das unidades intensivas já é complexa, tragédias como o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), requerem um esforço muito maior dos profissionais intensivistas. Cristiano Franke, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do RS, trabalha em dois hospitais públicos de Porto Alegre que, juntos, receberam 28 pacientes em estado grave que estavam na boate no fatídico 27 de fevereiro. 

“Não vou falar nem em meu nome, mas o evento impactou muito toda a equipe de trabalho das unidades. Foi alto o nível de estresse, porque, além da sobrecarga de atividade normal, por se tratar de jovens, a tragédia gerou uma comoção maior nos profissionais de saúde também”, relata. Para atender a demanda excepcional de pacientes graves, as unidades em que o médico atua recrutaram equipes extras. “Na gestão de desastres, o que a gente precisa é estar mais preparado. Felizmente, tivemos um resultado interessante no caso de Santa Maria, mas os hospitais do nosso país não estão preparados para isso. Tem de estar preestabelecido para todas as unidades a exigência de dobrar ou triplicar a capacidade de atendimento sem precisar de ajuda externa.” Segundo ele, as autoridades públicas têm de estar mais atentas a isso e não agir somente quando a demanda aparece. De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, cerca de 53% das UTIs não têm sequer um médico intensivista titulado.

Recuperação acelerada

A precursora da unidade de terapia intensiva foi a enfermeira inglesa Florence Nightingale. Durante a Guerra da Crimeia, iniciada em 1853, ela decidiu juntar pacientes graves em uma única enfermaria para dar mais assistência, foi então que se verificou a recuperação acelerada dos soldados. No Brasil, as UTIs que conhecemos hoje foram implantadas somente a partir de 1970.
"Às vezes, a criança nasce completamente malformada, mas a família esperava muito por ela e a quer completamente malformada. E o que for necessário a gente tem que fazer". Débora Nunes, intensivista pediátrica.
 
Três perguntas para

Elias Knobel, cardiologista 

O que motivou o senhor a escrever o livro Memórias agudas e crônicas de uma UTI?
Eu fundei a UTI do Hospital Albert Einstein, fiquei 32 anos, e continuo atuando como cardiologista de pacientes graves. Em alguns dos meus livros, eu resolvi explorar um lado que normalmente não é visto na UTI, que é um lado humano. Além do tratamento do paciente, tem histórias curiosas, engraçadas. Tudo o que você pode imaginar acontece lá dentro, é um mundo dentro de um mundo. 

Por que os pacientes internados por diferentes motivos ficam em um mesmo local?
Quando eu me formei, na época da residência, eu me lembro que, quando um paciente fazia uma cirurgia, ele ia para um andar e, quando tinha uma encrenca à noite, vinham múltiplos especialistas olhá-lo. No outro andar, acontecia a mesma coisa, no outro, também. Você tinha equipes em cada andar. Resolveu-se criar, então, um centro de recuperação de cirurgia, que são os embriões da UTI. Surgiu a necessidade de concentrar tudo no mesmo local, com equipamento, tecnologia e recursos humanos.

Quais são os maiores dilemas que o intensivista enfrenta?
O médico intensivista é olhado pela família como um indivíduo ideal, ele tem que ser um indivíduo com boa formação, tem que ser respeitoso, ter boa aparência e espírito humano. Acontece que ele é um indivíduo como outro qualquer e está lidando com pessoas cuja a vida está por um fio. É muita pressão. Além dos pacientes, ele tem a família dele, os filhos dele, os problemas próprios, as necessidades próprias. Como não são valorizados como deveriam pelas instituições, hoje em dia você tem cada vez menos médicos querendo fazer a especialização em terapia intensiva no Brasil e no mundo.

Fonte: Jornal Correio Brasiliense via Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Disponível em: <http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 26 fev. 2013.

Pessoas Com TOC Repetem Ações Inúteis Por Mais de 20 Vezes.


No segundo episódio da série ‘Males da Alma’, o Doutor Drauzio Varella fala sobre essa doença que acomete cerca de 3% da população. 
Cada um de nós tem suas manias, suas esquisitices, mas elas não atrapalham o dia a dia. Mas há gente em que as manias tomam conta do dia inteiro. Essas pessoas são invadidas por pensamentos intrusos, irresistíveis, dominadores, verdadeiras obsessões que as obrigam a repetir ações inúteis como lavar as mãos 33 vezes. Elas são portadores de TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo, que as torna escravas de rituais repetitivos, que destroem suas vidas e suas famílias.

No segundo episódio da série ‘Males da Alma’, o Doutor Drauzio Varella fala sobre essa doença que acomete cerca de 3% da população. Drauzio conta a história de Benício, que sofre do transtorno há 12 anos. Pouco tempo depois do diagnóstico, ele foi afastado do trabalho por incapacidade. Ele tem obsessão de simetria, limpeza e contagem. Perde muito tempo com coisas simples: limpa azulejo por azulejo, demora para passar roupa, leva horas para arrumar a cozinha e lavar as janelas. Chega a gastar até nove horas por dia com os rituais. Tudo em busca da perfeição, da simetria.
  
Fonte: G1/Fantástico
DIsponível em:http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/02/pessoas-com-toc-repetem-acoes-inuteis-por-mais-mais-de-20-vezes.html. Acesso em: 26 fev. 2013. 

Governo Federal Amplia o Programa Crack, é Possível Vencer


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quarta-feira (30/01) a ampliação das ações do programa Crack, é possível vencer. Os 133 municípios brasileiros com mais de 200 mil habitantes podem aderir ao programa. As adesões vão acontecer durante o mês de fevereiro durante videoconferências entre os prefeitos e os ministérios envolvidos. Cidades com menos de 200 mil habitantes poderão receber serviços e equipamentos.
O ministro enfatizou a importância da integração para a execução do programa. “É fundamental que a União, os estados e os municípios estejam juntos. Há um conjunto de políticas que só podem ser desenvolvidas dentro de uma integração”, destacou.

Autoridade - No eixo autoridade, foi anunciada a entrega aos estados e municípios pactuados de 140 bases móveis, 2.800 câmeras de videomonitoramento, 280 veículos, 280 motocicletas, 7 mil pistolas de condutividade elétrica e 21 mil espargidores de pimenta durante este ano. Além da capacitação de 5.600 operadores das bases móveis para atuar em ações de policiamento integrado de proximidade.

Prevenção - No eixo prevenção, só neste ano mais de 300 mil pessoas serão capacitadas por meio de cursos gratuitos à distância. São educadores, policiais militares, profissionais de saúde e assistência social, operadores do Direito (juízes, promotores e profissionais da área psicossocial que atuam nos juizados especiais criminais, varas da infância e da juventude e Ministério Público), gestores, profissionais e voluntários de comunidades terapêuticas, lideranças religiosas e conselheiros comunitários que atuam diretamente com usuários e dependentes de drogas.

Até o fim do ano, serão 57 Centros Regionais de Referência em universidades públicas de todo o país, gerando 49.500 vagas de capacitação presencial.

Cuidado – No eixo cuidado, serão implantados 106 CAPS AD 24 horas e disponibilizados 1.890 leitos neste ano. Serão criadas 353 novas unidades de acolhimento e implantados 308 Consultórios na Rua, com equipes de profissionais da Saúde e da Assistência Social.

O anúncio foi feito durante apresentação do programa no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, com as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello e o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.
Crack, é possível vencer - Lançado em dezembro de 2011, o programa Crack, é possível vencer é um conjunto de ações do governo federal para enfrentar o crack e as outras drogas. Com investimento de R$ 4 bilhões da União e articulação com estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil, a iniciativa tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção.  
As ações estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. O primeiro inclui ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde voltada aos usuários. No eixo autoridade, o foco é a integração de inteligência e cooperação entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias estaduais, a realização de policiamento ostensivo nos pontos de uso de drogas nas cidades, além da revitalização desses espaços. Já o eixo prevenção abrange ações nas escolas, nas comunidades e de comunicação com a população.
O programa Crack, é possível vencer  é interministerial e conta com ações dos ministérios da Justiça, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos. Já aderiram ao programa os estados de Alagoas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Acre, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraná, Ceará, São Paulo e o Distrito Federal.

Fonte: Ministério da Justiça (Brasil)
 
Disponível em: <http://portal.mj.gov.br/main.asp?View={B65AD46B-7869-40ED-B5EC-1652B28565BC}&BrowserType=NN&LangID=pt-br&params=itemID%3D%7B9B838F09-E980-4AA4-8B2F-C10D398A5112%7D%3B&UIPartUID=%7B2218FAF9-5230-431C-A9E3-E780D3E67DFE%7D>. Acesso em : 20 fev. 2013.

Capacitação Para Profissionais Que Atendem os Dependentes de Drogas


Curso online será oferecido pela Unesp a trabalhadores de comunidades terapêuticas.

Estima-se que o Brasil tenha aproximadamente três mil comunidades terapêuticas que oferecem assistência a pessoas dependentes de álcool e drogas

Estão abertas até o dia 8 de março as inscrições para os profissionais vinculados à comunidades terapêuticas em todo o Brasil, que assistem dependentes de drogas, para participarem de um curso de capacitação oferecido pela Faculdade de Medicina (FM) de Botucatu, em parceria com a Famesp, promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
Serão oferecidas 10 mil vagas e todas as aulas, acompanhadas por tutores, serão realizadas à distância. As inscrições podem ser feitas pelo sitewww.capacitact.senad.gov.br e até cinco profissionais por comunidade terapêutica poderão se inscrever. Após uma analise do perfil do candidato, com base no preenchimento de um formulário, será enviada uma confirmação da inscrição.

A FM foi escolhida pelo governo federal para se tornar um centro nacional de capacitação de comunidades terapêuticas. Para a realização do projeto, a Senad destinou, inicialmente, R$ 2,7 milhões para que a instituição oferecesse o curso a cinco mil profissionais. No entanto, o número de vagas foi ampliado para 10 mil e foi solicitado reajuste. O repasse deve passar para R$ 4,6 milhões.
Estima-se que o Brasil tenha aproximadamente três mil comunidades terapêuticas que oferecem assistência a pessoas dependentes de álcool e drogas. Atualmente, faltam hospitais e ambulatórios suficientes voltados a esse atendimento.

Com apoio do Núcleo de Educação a Distância e Tecnologias de Informação em Saúde (NEAD.TIS) da FM, os alunos – que poderão ser gestores, líderes, terapeutas, voluntários de comunidades terapêuticas – acompanharão as aulas pela internet, através da plataforma Moodle, e poderão obter esclarecimentos com a ajuda dos tutores. Pelo correio serão distribuídos kits compostos por apostilas e videoaulas. As dúvidas serão resolvidas no próprio site do curso; por e-mail ou ainda através de um telefone 0800.
Para compor a equipe, serão selecionados 200 tutores. Já foram selecionadas 150 pessoas, entre médicos, enfermeiros e psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e farmacêuticos, entre outros profissionais de saúde. Todos passarão por treinamento. Todos estes tutores devem morar a não mais do que 100 km da FM de Botucatu. Os tutores receberão suporte de especialistas da FM/Unesp, que por sua vez serão coordenados por professores da instituição.

Qualificação pode resultar em ajuda financeira para entidades

Segundo a professora Florence Kerr-Corrêa, do Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da FM, coordenadora do projeto, as comunidades terapêuticas com seus representantes capacitados poderão receber recursos financeiros.
— Essas entidades, que focam o tratamento tanto individual como em atividades de grupo, serão vistoriadas e, se aprovadas, poderão receber verba do governo federal para poderem aprimorar sua estrutura — explica.
Duas pesquisas serão desenvolvidas paralelamente à realização do curso. Os estudos deverão avaliar a adesão das comunidades terapêuticas, dificuldades, aplicabilidade do conteúdo transmitido e também serão aplicados questionários para avaliar a mudança de atitudes e expectativas dos profissionais após o treinamento.
 
Fonte: Jornal Zero Hora
 

Fobias: o medo está fora do controle!


Estudos pelo mundo apresentam um resultado que assinala algo em torno de 25% da população ligada, de alguma forma, ao medo fóbico. Esse distúrbio pode atingir até duas vezes mais mulheres

O medo é inerente ao ser humano. Sentimos medo quando algo ameaça a nossa sensação de estabilidade, o nosso equilíbrio. As reações ao medo podem ser as mais adversas: enfrentamento, fuga ou entrega. Você já deve ter ouvido: “enfrentei o problema com a cara e a coragem”, “nem pensei,  fiquei com medo e saí correndo” ou “paralisei de medo”. Ter medo é uma questão natural e valida o nosso instinto de sobrevivência. A fobia é um medo exacerbado e desproporcional, que prejudica os relacionamentos sociais.
O termo fobia signi ca um medo desproporcional relacionado a objetos, situações ou comportamentos de tal monta que é considerado um distúrbio psicológico. Uma hipersensibilidade que desencadeia grande ansiedade, tornando a situação um agente estressor capaz de gerar sensações de medo e pavor em níveis tão altos que podem modificar de forma prejudicial o comportamento social de uma pessoa. Desse modo, a fobia pode causar perdas e limitar o sujeito fóbico em suas ações, podendo mesmo imobilizá-lo ou promover o surgimento de sintomas ainda mais graves com doenças psicossomáticas.
Existem estudos pelo mundo que apresentam um resultado que assinala algo em torno de 25% da população ligada, de alguma forma, ao medo fóbico. Esse extrato teve, tem ou terá, em algum momento da vida, um episódio de fobia. Os estudos também indicam, com um pouco de incerteza, que esse distúrbio atinge duas vezes mais mulheres que homens. O perfil de fobia mais comum é o horror de se sentir objeto de observação e avaliação pelo outros, a fobia social!
 
Leia reportagem completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/84/fobias-o-medo-esta-fora-do-controle-estudos-pelo-277280-1.asp
 
Fonte: Revista psique Ciência e Vida

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DOE LIVROS


Filosofia Também Tem Uso Terapêutico


A adoção da leitura como parte do tratamento psicológico é vista com ressalvas por profissionais brasileiros. O método, implantado na Inglaterra, teria aqui uma dificuldade: a má compreensão dos textos por uma população de baixa escolaridade, o que poderia ser perigoso, conforme o neurocientista Iván Izquierdo, da PUC-RS. 
"Doentes mentais são sugestionáveis. Um paciente depressivo pode achar frases que o façam se sentir mais inclinado ao suicídio." 
O uso terapêutico de livros não é novidade. Na terapia cognitiva, o paciente é estimulado a participar do seu tratamento. "Certos textos são indicados como lição de casa e 'cobrados' na sessão seguinte, como na escola", diz José Roberto Leite, psicólogo e professor da Unifesp. 
PLATÃO E PROZAC 
O uso do pensamento como terapia foi popularizado nos best-sellers " Mais Platão, Menos Prozac" (1999), do canadense Lou Marinoff, e 
"As Consolações da Filosofia" (2000), do suíço pop Alain de Botton. Na terapia filosófica ou filosofia clínica, filósofos atendem e dão aconselhamento com base nas ideias de grandes pensadores. 
A Associação Nacional dos Filósofos Clínicos foi criada em 2008, mas a profissão não é reconhecida no Brasil. 
Para ter efeito positivo no tratamento, a indicação de autoajuda deve evitar os livros que prometam soluções milagrosas, diz o psiquiatra Elko Perissinotti, do Hospital das Clínicas de SP. "Autoajuda boa é a que faz o paciente pensar sobre sua condição. Aquela coisa robotizada de olhar no espelho e falar 'bom dia, dia' tem duração fugaz." 
Cético em relação ao gênero autoajuda, o neurologista Paulo Caramelli apoia a indicação de obras de memórias e ficção que tratem de doenças. "Contribui para que o doente conheça experiências de outros com problemas semelhantes. Serve de apoio e entretenimento." 
 
Fonte: Jornal  Folha de São Paulo
 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1232730-filosofia-tambem-tem-uso-terapeutico.shtml>. Acesso em: 20 fev. 2013.

Atendimento em Saúde Mental Exige Educação Permanente


                         A demanda em saúde mental é constante nos serviços de pronto atendimento

Profissionais de saúde têm pouco preparo para lidar com pacientes psiquiátricos, afirma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. A falta de preparo está ligada, entre outros fatores, a formação profissional pouco adequada. O estudo também detecta que as redes de serviço de saúde devem estar ligadas e com profissionais preparados para qualquer paciente.
A enfermeira Sara Pinto Barbosa realizou sua pesquisa entre maio e agosto de 2011, na Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) da região oeste de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O local integra o Centro de Saúde Escola vinculado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Nesse período, o serviço atendeu 1.893 pacientes, sendo 54 deles encaminhados para serviços de saúde mental.
O estudo analisou entrevistas com17 profissionais de saúde que fazem parte da equipe do pronto atendimento do local — entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem — com o objetivo de conhecer o cotidiano do atendimento em saúde mental. Além das entrevistas, realizou 90 horas de observação dos profissionais em campo de trabalho.
Segundo a pesquisadora, os usuários que haviam recorrido ao serviço apresentavam, em sua maioria, sintomas de depressão, psicose e quadros de agitação. Onze deles foram encaminhados ao Centro de Atenção Psicossocial, fato este considerado positivo,“pois demonstrou preocupação dos profissionais em encaminhar para serviços da rede de saúde mental”, observou Sara.
A fala desses profissionais é destacada pela pesquisadora. Segundo ela, a equipe do serviço relata que, no pronto atendimento, a presença de paciente psiquiátrico é rotina, que esse atendimento depende muito do médico e, mais, que a grande maioria dos casos é de dependente químico. Esses profissionais admitem, ainda, que não estão preparados para lidar com paciente psiquiátrico.
Estigma e inadequação
“A demanda em saúde mental é constante nos serviços de pronto atendimento e, com ela, a angústia por parte dos profissionais que não se sentem suficientemente capazes para atender esses pacientes”, comenta a pesquisadora. Sara afirma também que a jornada dupla dos profissionais pode prejudicar o atendimento.
No serviço estudado, apesar da frequência do atendimento psiquiátrico, não existem acomodações adequadas para os usuários em crise. Eles são colocados em salas pequenas e pouco ventiladas, mesmo com a existência de vagas em leitos mais próximos ao posto de enfermagem.
A pesquisadora notou também que apesar do atendimento inicial ser igual aos demais pacientes, há uma exclusão e um tom de preconceito e estigma por parte dos profissionais. Um dos participantes do estudo fez a seguinte afirmação sobre isso: “O paciente passa pelo acolhimento; são verificados sinais, pressão, pulso, saturação, mas eu já notei muito preconceito da equipe de enfermagem e equipe médica em relação ao paciente psiquiátrico, tem um bloqueio. Não sei se é medo do desconhecido”.
Um fator importante detectado foi, na época da coleta de dados, a presença de um médico psiquiátrico na Unidade, que ameniza a situação, comenta Sara. Ela deixou claro no estudo que os profissionais não entendem que alguns usuários procuram o serviço por ser o único disponível para atendê-lo, e não percebem a importância do vínculo entre paciente e profissional. “Isso ocorre, pois os profissionais de saúde vivenciam durante a graduação, em sua maioria, o atendimento de pacientes com transtornos mentais somente em manicômios, e falta formação adequada para realizar atendimentos de emergência nessa área” conclui.
Como sugestão de melhora, uma outra participante da pesquisa comenta que a distrital de saúde deveria ter lugar adequado, atendimento e protocolo para pacientes psiquiátricos.
A dissertação Atendimento ao paciente psiquiátrico: cotidiano de um serviço de pronto atendimento do interior do Estado de são Paulo foi orientada pela professora Maria Conceição Bernardo de Mello e Souza e defendida em agosto de 2012.
 
Fonte: Agência USP
 
Disponível em:<http://www.usp.br/agen/?p=127785>. Acesso em: 21 fev. 2013.

IX Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas

 

Brasil Sediará Eventos Internacionais Sobre Drogas

O Distrito Federal e Minas Gerais acolherão, no mês de maio, dois congressos internacionais sobre drogas. 

Os eventos estão sendo organizados por instituições diferentes e não há conexões entre eles. De acordo com a programação, enfocarão aspectos relacionados saúde, legislação, sociedade e ciência. 

Congresso em Brasília 

O primeiro a ser realizado, entre os dias 3 e 5 de maio, é o “Congresso Internacional sobre Drogas: Lei, Saúde e Sociedade”. O evento será realizado em Brasília, sob a organização de uma comissão composta por membros de universidades e entidades como a USP, UNIFESP, UFRJ, UnB? ,UFBA, UFRN e IBCCRIM. 
O evento discutirá questões legais e políticas relacionadas às drogas, especialmente os efeitos das políticas proibicionistas e as alternativas viáveis de avanços na legislação. 
Visando alcançar o maior número de pessoas e ampliar o conhecimento e discussão dos assuntos a serem abordados, o evento será transmitido ao vivo pela internet e em telões no local do evento para aqueles que não puderem participar formalmente por inscrição. 
Os organizadores também prevêem a produção de um documentário e de um livro com conteúdos discutidos no congresso, além da construção de uma carta de referência, com diretrizes para uma nova política de drogas no país. 

Congresso em Juiz de Fora (MG) 

Organizado pelo Centro de Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e outras Drogas da Universidade Federal de Juiz de Fora (CREPEIA/UFJF), o “IV Congresso Internacional sobre Drogas: Diálogos Interdisciplinares em Álcool e outras Drogas” acontecerá nos dias 27 e 28 de maio, em Juiz de Fora (MG). 
Diferentemente do evento de Brasília, o congresso promovido pelo CREPEIA abordará temas variados, como tratamento do abuso de drogas, inclusive o álcool e tabaco; aspectos relacionados ao estigma social e violências relacionadas ao uso de drogas; prevenção ao consumo de drogas e recaídas, entre outros. 
 
Fonte : CETAD OBSERVA
 

Álcool Tem Forte Impacto nos Atendimentos do SUS


Estudo inédito do Ministério da Saúde revela que 49% das agressões estão associadas ao uso do álcool
 
Estudo realizado pelo Ministério da Saúde em hospitais públicos revela que o consumo do álcool tem forte impacto nos atendimentos de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento aponta que uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nos prontos-socorros brasileiros ingeriram bebida alcoólica. O estudo também mostra que 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram bebida alcoólica. As principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos. 
Os dados fazem parte do VIVA (Vigilância de violências e acidentes), estudo realizado pelo Ministério da Saúde em 71 hospitais que realizam atendimentos de urgência e emergência pelo SUS. Foram ouvidas 47 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal. Os dados foram coletados em 2011 e analisados no ano passado. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro das Cidades em exercício, Alexandre Cordeiro Macedo, apresentaram os principais resultados nesta terça-feira (19), em Brasília. 
Padilha reforçou a importância de se obter informações qualificadas em saúde para que as ações de prevenção e de intervenção sejam cada vez mais eficientes. "Estas informações que apresentamos aqui têm papel decisivo para que tenhamos, nós e todos os demais órgãos federais, estaduais e municipais, mais segurança para agir. Também vamos utilizá-las em nossas campanhas de conscientização de motoristas, passageiros e pedestres", ressaltou. 
PERFIL DAS VÍTIMAS –O levantamento revela que entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Entre os atendimentos por acidentes, a faixa etária mais prevalente foi a de 20 a 39 anos (39,3%). 
As vítimas mais acometidas por agressões estão nessa mesma faixa etária – 20 a 39 anos – e representam 56% dos casos. Em 2011, 28.352 homens com idade entre 20 a 39 anos foram assassinados e 16.460 perderam a vida no trânsito, o que corresponde a quase metade de óbitos registrados nesta faixa etária, 31,5% e 18,3%, respectivamente. 
O VIVA também mostra que a proporção do consumo de bebida alcoólica entre os pacientes homens foi bem superior ao das mulheres: 54,3% dos homens que sofreram violência e 24,9% dos que sofreram acidente de trânsito tinham ingerido álcool, enquanto os índices entre as pessoas do sexo feminino foram de 31,5% e 10,2%, respectivamente. 
O ministro em exercício das Cidades destacou que a Lei Seca, em vigor no país desde 2008, já começa a incitar mudanças significativas, como a redução de 24% das mortes no período do Carnaval 2013 (comparado ao do ano anterior). "Temos uma guerra no trânsito e isso tem de acabar. Fiscalização, legislação efetiva e ações de conscientização são importantes para termos um trânsito seguro", destacou Macedo. 
VIDA NO TRÂNSITO – Para apoiar estados e municípios a orientar condutores sobre o risco da combinação entre o álcool e direção, o Ministério da Saúde desenvolve o Projeto Vida no Trânsito. As cinco capitais brasileiras que participam do projeto (Curitiba, Teresina, Belo Horizonte, Campo Grande e Palmas) reduziram, entre 2009 e 2011, o percentual de atendimentos de vítimas de acidentes alcoolizadas nas emergências dos prontos-socorros.
Uma das ações do projeto Vida no Trânsito é a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais. Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e os grupos de vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior. 
Em setembro de 2012, o Ministério autorizou o repasse de R$ 12,8 milhões para os 26 estados, o Distrito Federal, todas as capitais, além de Guarulhos e Campinas. No total, foram cerca de R$ 25 milhões para as ações do Projeto Vida no Trânsito.
 
Fonte: Bondnews