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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fundação Itaú Social Doa Livros. Peça seu Kit!


O Banco Itaú está doando 8 milhões de livros infantis através do Programa Itaú Criança, da Fundação Itaú Social. Esta ação visa incentivar a leitura de crianças de até 06 anos de idade, através da contação de histórias por meio de livros infantis ilustrados.
Para receber a doação, entre no site: http://www.lerfazcrescer.com.br/#/home
Clicar no link Peça Seu Kit.

Quando os Números Mentem: estatísticas sugerem ideias sobre o mundo em que vivemos, e a maioria das pessoas não questiona se correspondem à realidade

Sempre que abrimos um jornal ou uma revista, encontramos uma infinidade de opiniões e projeções sustentadas por estatísticas e gráficos – geralmente, dados colhidos por institutos oficiais ou resultados de pesquisas de alguma universidade ou organização não governamental. Esses números sugerem ideias sobre o mundo em que vivemos, e a maioria das pessoas não questiona se correspondem à realidade.

O cientista dinamarquês Bjorn Lomborg enumera, no livro O ambientalista cético (Campus, 2002), vários “mitos numéricos”. Por exemplo, no início da década de 1990 os meios de comunicação divulgaram uma pesquisa da Universidade de Oxford que apregoava que a imensa maioria da população mundial não teria acesso à água nos primeiros anos do século 21 – estatística que, hoje, corresponde a cerca de 10%. A pesquisa simplesmente projetou números sem considerar variáveis.

Um estudo da Stanford University, publicado no jornal Plos One, sugere o quanto números podem ser entendidos de forma abstrata. Pesquisadores solicitaram a 485 voluntários que lessem um texto sobre a violência nas ruas de uma cidade fictícia, denominada Addison. O excerto trazia estatísticas sobre o problema e propunha soluções. No entanto, havia uma pequena diferença entre o material: metade dos textos distribuídos classificava a criminalidade como uma “fera” que tomava a comunidade imaginária; o restante se referia a ela como um “vírus”. Após a leitura, os participantes foram convidados a selecionar propostas políticas que considerassem mais adequadas. Observou-se que 71% das pessoas que analisaram a explanação com a palavra “fera” optaram por soluções mais incisivas; enquanto 54% daqueles que leram o termo “vírus” adotou tal postura.

Por que essa divergência, se 470 participantes afirmaram que o que mais pesou em sua decisão foram os dados numéricos? Apenas 15 acreditavam ter se convencido a partir das metáforas usadas. "Estatísticas podem conferir credibilidade e angariar adeptos a ideias e a discursos políticos sem serem exatamente compreendidas", explica a psicóloga Lera Boroditsky, uma das autoras do estudo. A linguagem teve aparentemente maior influência sobre os leitores que os argumentos mais “concretos” – os números. "Preferimos pensar que tomamos decisões racionais e as estatísticas alimentam essa ilusão", diz Lera.

 Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/quando_os_numeros_mentes.html>. Acesso em: 29 jun. 2011

A Ansiedade é Contagiosa: em momentos de tensão todos os membros de um grupo tendem a se comportar da mesma maneira

O que para uns é motivo de desespero pode nem perturbar outros. Porém, alguns estudos mostram que, em situações de crise, a ansiedade parece ser “contagiosa”. O zoólogo David Eilam, da Universidade de Tel Aviv, em Israel, mediu como grupos de ratos silvestres respondiam a ameaças produzidas por corujas-de-igreja, seu principal predador. Esses roedores foram escolhidos porque, assim como os humanos, costumam demonstrar comportamentos ansiosos em variados níveis: uma minoria o demonstra em excesso, e outros quase não o expressam.
O experimento foi dividido em duas etapas: primeiro as aves voaram sobre gaiolas ocupadas por apenas um roedor, enquanto os pesquisadores registravam o nível de ansiedade de cada um deles. Em seguida, os ratos que tiveram diferentes resultados na medição foram colocados na mesma gaiola e expostos às corujas. Observou-se que, quando estavam sozinhos, o nervosismo aumentava em níveis dentro do esperado para o padrão predeterminado de comportamento. Porém, quando estavam em grupo, todos os animais ficaram igualmente ansiosos e estressados. “A variabilidade que havia no início diminuiu, e todo o grupo se comportou praticamente da mesma forma”, relatou Eilam. O pesquisador acredita que, durante uma situação crítica, o estado emocional de cada indivíduo pode influir no dos demais – um comportamento semelhante ao apresentado por humanos.

Fonte: Revista Mente e Cerébro

Disponível em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/a_ansiedade_e_contagiosa.htm. Acesso em: 29 jun. 2011

Macedônios, Exímios Construtores: pesquisadores descobrem que o povo de Alexandre, o Grande conhecia técnicas refinadas de construção e já utilizava o cimento três séculos antes que os romanos

Os macedônios são conhecidos como grandes guerreiros e conquistadores – basta pensar em Alexandre, o Grande. Mas uma descoberta recente revelou outra faceta desse povo que habitava a região da Grécia e da Anatólia na Antiguidade. Eles eram construtores experientes e já faziam cimento três séculos antes dos romanos.
A descoberta foi feita graças à análise de tesouros vindos da Grécia para uma exposição no Museu Ashmolean (http://www.ashmolean.org/), em Oxford, Inglaterra. As peças faziam parte de um complexo funerário pertencente à dinastia de Alexandre, o Grande.
A mostra “De Hércules a Alexandre, o Grande”, que fica em cartaz até o fim de agosto, reúne o material recém-coletado nos sítios arqueológicos de Vergina (nome atual), a primeira capital da Macedônia (Aegae), datados dos séculos VII a IV a.C. A cidade permaneceu desconhecida até 30 anos atrás, quando foram encontradas as tumbas de Felipe II e seu neto, Alexandre IV, e localizado o complexo real.

Fonte: Revista História Viva

Disponível em:<http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/os_eximios_construtores_da_macedonia.html>. Acesso em: 29 jun. 2011

Sinal de Perigo: psicóloga Nerícia Regina de Carvalho Oliveira investiga como leigos reagem à primeira crise psicótica dos seus familiares e defende a necessidade de identificar os sinais que antecedem a doença para uma intervenção precoce.

As primeiras alterações de comportamento que surgem antes de uma crise psicótica são essenciais para uma intervenção precoce. É o que mostra a dissertação de mestrado defendida no Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) pela psicóloga Nerícia Regina de Carvalho, que investigou como os leigos reagem às primeiras crises psicóticas de seus parentes. Nerícia Regina de Carvalho Oliveira é psicóloga clínica do Hospital de Urgência e Emergência Clementino Moura - Socorrão II . Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), especialista em Bioética pela UnB, mestre em Psicologia Clínica pela UnB e doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura pela mesma universidade. Há cinco anos membro do Grupo de Intervenção Precoce nas Psicoses (GI PSI).
Ela observou que a intervenção da família no tratamento de um paciente é essencial na sua recuperação. E, quanto mais cedo os problemas forem identificados, mais eficaz o tratamento. Segundo a pesquisadora, a identificação dos sinais da doença pode interromper sua progressão ou facilitar o tratamento, diminuindo as chances de ela se tornar crônica. A psicose é um distúrbio psiquiátrico grave no qual o paciente perde contato com a realidade, emite juízos falsos (delírios), podendo também ter percepções irreais quanto à audição, visão, tato (alucinações) e distúrbios de conduta, levando à impossibilidade de convívio social, além de outras formas bizarras de comportamento. Para Freud, as psicoses resultam de conflitos entre ego e realidade (mundo externo), refletem o fracasso no funcionamento do ego em permanecer leal à sua dependência do mundo externo e tentar silenciar o id diante de uma frustração da não realização de um daqueles desejos de infância. Ainda segundo Freud, numa psicose existe a predominância do id e a perda presente da realidade. Para Lacan, a psicose se estrutura a partir da presença de uma mãe onipotente, não havendo lugar para o pai. O psicanalista usa o termo foraclusão para explicar essa condição. Os psicóticos sofrem as consequências de tomar as palavras em sua literalidade. As palavras se tornam o objeto. A metáfora é impossível.

Leia entrevista completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/66/sinal-de-perigo-psicologa-nericia-regina-de-carvalho-oliveira-220045-1.asp

Fonte: Revista Psique Ciência e Vida

Amor Animal: o fenômeno das relações fluidas e descartáveis estimula análises profundas sobre a extimidade humana e pauta pesquisas sobre o vínculo afetivo com o bicho de estimação, com resultados imprevistos

Será que o afago de um bicho de estimação, um abanar de rabo do cachorro ou um miado do gato podem substituir o afeto oriundo do relacionamento com um ser humano? O animal não discute, pode ser punido sem maiores problemas e provavelmente não vai trocar de dono. Controlá-lo é muito mais fácil e confortável. Mas isso basta?
O artigo aqui proposto foi pautado em pesquisa realizada em diversos países pela Ipsos/Reuters, que aponta que um em cada cinco cidadãos do mundo prefere passar o Dia dos Namorados (comemorado em 12 de junho no Brasil e 14 de fevereiro em outros países) com o animal de estimação em vez do parceiro. A Ipsos é referência mundial em pesquisa de mercado e interpretação de dados. Criada em 1975 na França, presente no Brasil desde 1997, consolidou-se como uma das maiores empresas de pesquisa do mundo.
A pesquisa, realizada globalmente, aponta que um em cada cinco adultos (21%) em 23 países (que representam 75% do PIB mundial), se pudesse optar, passaria o dia com sua mascote, e não com seus companheiros. Mas 79% discordam e preferem passar o dia com seus parceiros ao animal de estimação. No Brasil, o número chega a 18%, ficando atrás da Argentina e da Espanha, por exemplo.
Contrariando o estereótipo, a pesquisa revelou que não é o sexo que determina essa vontade, mas sim a idade. Os mais velhos estão menos propensos a trocar o parceiro pelo animal de estimação.

A pesquisa realizada com mais de 24 mil adultos - mais de mil por país - mostra que os entrevistados da Turquia (49%) são os mais propensos a passar o tempo com um animal de estimação e não com o parceiro, seguidos pelos da Índia (41%), do Japão (30%), da China (29%), dos EUA (27%) e da Austrália (25%).
Por outro lado, na lista dos países onde as pessoas estão menos dispostas a passar o dia com um animal de estimação e não com os seus parceiros, aparece em primeiro lugar a França (10%), seguida por México (11%), Holanda (12%) e Hungria (12%).
A pesquisa ainda revela que os que estão menos propensos a passar o Dia dos Namorados com os animais de estimação deixando de lado os parceiros são homens (79%) e mulheres (70%), com mais de 50 anos (86%), seguidos por aqueles que têm entre 35 e 54 anos (82%) e dos que estão abaixo de 35 (75%), de classe média (80%) e alta (80%), seguidos pela classe baixa (76%).
Apesar do número de pessoas que prefere, claro, passar o Dia dos Namorados com o companheiro ser maioria, o que nos chama a atenção nesta pesquisa é a elevada estimativa dos que não hesitam em trocar a companhia do parceiro pelo fiel bicho de estimação.


Fonte: Revista Psique Ciência e Vida

quarta-feira, 29 de junho de 2011

VI Seminário Internacional Direito e Saúde e X Seminário Nacional Direito e Saúde

Construção do Conhecimento e Agir Político
Instituição: Grupo Direitos Humanos e Saúde Helena Besserman (Dihs)/ENSP
Local: Auditório Térreo da ENSP - Rua Leopoldo Bulhões 1.480 - Manguinhos
Período: 05/07/2011 a 06/07/2011
Informações: O Seminário será realizado das 9h às 17h e as inscrições estão abertas e poderão ser feitas até o dia 5/7 através do site. Mais informações sobre o evento, pelo endereço eletrônico seminariodihs2011@ensp.fiocruz.br ou pelo telefone (21) 3882-9222.
  


Fonte: Escola Nacional de Saúde.

Disponível em:http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/evento/index.php?id=15568>.Acesso em: 28 jun. 2011.

Acesso Livre Para Inovar e Promover a Pesquisa Científica

A informação científica é crucial para o desenvolvimento das pesquisas, e estas são essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico das nações a fim de gerar novos conhecimentos, que são veiculados na forma de artigos científicos, tradicionalmente publicados em revistas com revisão por pares, conhecidas como revistas científicas. O custo de acesso às principais revistas científicas alcançou níveis insustentáveis, provocando a chamada serials crisis, e isto dificultou o acesso à informação científica. Em resposta, pesquisadores de diversas partes do mundo preocupados com esta crise, e consequentemente com o impacto negativo no desenvolvimento das pesquisas, promoveram o movimento Open Access (OA).
OA significa acesso em linha, sem custos, imediato e permanente, a artigos em texto integral. O seu objetivo é tornar OA os cerca de 2,5 milhões de artigos publicados anualmente em 28 mil títulos de revistas científicas.
Uma de suas estratégias, a via Verde, recomenda aos pesquisadores que publicam em revistas acessíveis mediante assinaturas, portanto de acesso restrito, que depositem uma cópia de seus trabalhos publicados nessas revistas, em repositório institucional OA (RI). As universidades, que aderiram a essa estratégia, construíram os seus RI e adotaram mandatos OA para garantir a alimentação dos seus RI.
Os pesquisadores dessas universidades puderam comprovar, por meio de estatísticas de uso emitidas pelos RI, o ganho em visibilidade, uso e impacto nas suas pesquisas. E as universidades perceberam o ganho em competitividade e visibilidade face à sua posição em rankings como o Ranking Web of World Universities.
Essa estratégia promove : 1) a formação de uma cultura e de uma infraestrutura global de compartilhamento e disponibilização da informação científica OA; 2) o acesso livre à informação científica; e 3) a maximização da visibilidade, uso e impacto dos resultados das pesquisas. Estudos recentes comprovam essa maximização, indicando um incremento de 250% no número de citações a artigos da área de física depositados em repositórios OA. É essencial, porém, observar que o OA não desconsidera o importante papel das revistas científicas no fluxo da comunicação científica. Esta via não é a única estratégia proposta pelo OA, mas é a que oferece melhor relação custo/benefício e introduz importante mudança no sistema de comunicação científica. Mais detalhes sobre OA poderão ser encontrados no meu blog.
Adotar o OA é, pois, uma questão de escolha entre apenas fornecer acesso às revistas de acesso restrito ou fornecer acesso livre de custos e contar com mecanismos de valorização das pesquisas para maximizar a sua visibilidade, uso e impacto, sinalizando para uma clara política de inovação e desenvolovimento da ciência.
Aderir ou não às iniciativas preconizadas pelo OA? Eis a questão.
Hélio Kuramoto é pesquisador do MCT/Ibict, doutor em Ciência da Informação.

Fonte: Escola Nacional de Saúde Pública

Disponível em:http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=26200. Acesso em: 28 jun. 2011

8ª Conferência Estadual de Saúde da Bahia

A 8ª Conferência Estadual de Saúde na Bahia acontecerá no período de 12 a 15 de setembro de 2011, no Centro de Convenções da Bahia, tendo como tema “Todos usam o SUS! SUS na seguridade social, política pública, patrimônio do povo brasileiro”, com o eixo temático:  “Acesso e acolhimento no SUS – desafios na construção de uma política saudável e sustentável” e sub-eixos:

A - Políticas públicas, política de saúde e seguridade social: os desafios da implementação dos princípios da integralidade, universalidade e equidade;
B - Participação, controle social e incremento à ação comunitária;
C - Os desafios da gestão do SUS para a reorientação do sistema de saúde: intersetorialidade; financiamento; pacto pela saúde; relação público x privado; gestão do sistema; gestão do trabalho e da educação em saúde.
Agregado ao tema, ao eixo e sub-eixos da Conferência, está o debate de uma Política de Estado por uma Bahia Mais Saudável. Portanto, as Conferências se constituem em espaços democráticos de discussão do SUS, através da Lei 8.142/90, que garante a participação da sociedade civil e organizada, tornando-se instâncias privilegiadas de caráter propositivo e consultivo, que se reúne de quatro em quatro anos, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para formulação da política de saúde em cada esfera de governo.
A Conferência Estadual segue um padrão desenvolvido pela 14ª Conferência Nacional de Saúde, na estruturação do material base, para subsidiar as conferências municipais, bem como, as datas das atividades.
No cronograma da Conferência Nacional as etapas foram divididas nos seguintes períodos: municipais, 01 de abril a 15 de julho de 2011; estaduais, 16 de julho a 31 de outubro de 2011; Nacional, 30 de novembro a 04 de dezembro de 2011.

Fonte: Secretaria da Saúde-Bahia

terça-feira, 28 de junho de 2011

Juliano Moreira: um mestre

Utilizando vários depoimentos e escritos, a autora, Marialzira Perestrello, deseja lembrar quanto o grande psiquiatra Juliano Moreira , este baiano de origem modesta, honrou o Brasil graças a seus conhecimentos, a suas atividades e a sua personalidade. Desde estudante salientou-se: sua tese final foi comentada por revistas francesas.
O brilhante concurso para Professor substituto de Neuro-Psiquiatria , em Salvador, fê-lo conhecido. Nomeado diretor do “ Velho Hospício da Praia Vermelha”, no Rio, remodelou-o completamente. Na diretoria da Assistência a Alienados soube escolher e orientar competentes colegas de outras áreas. Publicou cerca de 100 trabalhos e foi eleito Presidente honorário em Congressos Internacionais. Fundou revistas e sociedades. Recebeu homenagens de discípulos e de instituições estrangeiras - em vida e post mortem.
Leia o artigo na íntegra: http://www.aperjrio.org.br/publicacoes/revista/2004/mestre.asp

Fonte: Associação Psiquiátrica do Rio de Janeiro

Brasil, Inscrito como Memória do Mundo Internacional


A inscrição do Brasil foi recomendada pelo Comitê Consultivo Internacional do Programa  Memória do Mundo, que reuniu-se em Manchester (Reino Unido), no período de 22 a 25 de maio.
A UNESCO criou este Programa em 1992 com o objetivo de preservar e difundir amplamente documentos, arquivos e bibliotecas  de grande valor mundial, impedindo assim,  que o
patrimônio da humanidade seja esquecido.

Fonte: Arquivo Nacional

Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm . Acesso em: 27 jun. 2011

7º Seminário Internacional de Arquivos de Tradição Ibérica

Promovido pelo Arquivo Nacional e pela Associação Latino-americana de Arquivos - ALA, com o apoio da UNESCO, o 7º Seminário Internacional de Arquivos de Tradição Ibérica reunirá, na cidade do Rio de Janeiro, de 27 de junho a 1º de julho, profissionais do Brasil, Portugal, Espanha, países da America Latina e Caribe, além dos de língua portuguesa da África e Ásia. O evento deverá contar com a participação de representantes de cerca de 30 países.
Serão realizadas mesas-redondas sobre temas que abrangem a gestão de documentos digitais, usos e usuários de arquivos, conservação de arquivos, cooperação internacional, produção e difusão de conhecimento arquivístico, normas e intercâmbio de dados e acesso à informação e direitos humanos. Além disso, a Associação Latino-americana de Arquivos - ALA realizará sua assembléia-geral e serão ministradas, por especialistas, duas oficinas, uma sobre formatos de intercâmbio de dados e outra sobre o sistema RODA de gerenciamento e preservação de documentos digitais.
O evento está voltado para profissionais e estudantes que atuem em arquivos, centros de documentação e informação, bibliotecas e serviços arquivísticos. Haverá tradução simultânea em três idiomas: português, espanhol e inglês.
Informamos que as vagas para o Brasil estão esgotadas, há possibilidade de inscrição para a lista de espera que será utilizada no caso de desistência ou sobra das vagas reservadas para os profissionais da área em outros países.
Restam poucas vagas para os profissionais e estudantes de outros países que atuem em arquivos, centros de documentação e informação, bibliotecas e serviços arquivísticos.
 Inscrições para a lista de espera deverão ser feitas pelo site: www.an.gov.br/tradicaoiberica

Fonte: Arquivo Nacional

Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm . Acesso em: 27 jun. 2011

II Curso de Estudos Avançados de Museologia

Estão abertas até 27 de junho as inscrições para o II Curso de Estudos Avançados de Museologia (II CEAM), que será realizado entre os dias 1º e 28 de agosto, em Salvador (BA). O curso é promovido pela Associação Brasileira de Museologia e tem a colaboração científica da Unidade Funcional de Museologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
O pré-requisito para a inscrição é que o(a) candidato(a) possua título de Mestre obtido em instituição reconhecida pelo Ministério da Educação do Brasil ou pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior de Portugal.
O curso terá duração de 175 horas (ministradas em tempo integral) e o certificado de conclusão será reconhecido, a partir do preenchimento dos demais requisitos, como equivalente à parte curricular, para efeito de prosseguimento de estudos, no Curso de Doutoramento em Museologia na ULHT.
O CEAM conta com o apoio e a parceria do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), da Diretoria de Museus do Estado da Bahia (Dimus/IPAC/Secult) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Fonte: ICOM-BR

Disponível em:  http://www.icom.org.br/verevento.cfm?click=36 . Acesso em: 27 jun. 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

5º Encontro de Arquivos Científicos

AAB - Associação dos Arquivistas Brasileiros
5º Encontro de Arquivos Científicos
Rio de Janeiro, de 26 a 30 de setembro de 2011
Promoção: Museu de Astronomia e Ciências Afins e Fundação Casa de Rui Barbosa
Chamada para apresentação de trabalhos
O V Encontro de Arquivos Científicos será realizado na Fundação Casa de Rui Barbosa na cidade do Rio de Janeiro, e tem como tema principal:

Políticas de aquisição e preservação de acervos em universidades e instituições de pesquisa
Está aberta a chamada para submissão de trabalhos.
A partir dos temas abaixo, poderão ser enviados trabalhos individuais ou em grupo (até três autores/apresentadores), com o objetivo de discutir e refletir sobre cada tema. Os trabalhos devem ser analíticos e relacionados a cada um dos temas do evento, e devem estar relacionados a um projeto ou estudo de caso em desenvolvimento ou recém concluído.

Estarão disponíveis para a apresentação: computador com acesso à internet, projetor multimídia e microfone. Haverá tradução simultânea para inglês e português.

O resumo deve ter de 200 a 300 palavras, não incluindo o título e as palavras-chave. O resumo deverá ser apresentado em inglês, fonte Times New Roman, tamanho 12, normal e justificado, com espaço entre linhas de 1,5.

Favor enviar o resumo para: arquivos.cientificos@rb.gov.br até 30 de junho de 2011, e incluir um breve currículo do(s) autor(es), com o máximo de 150 palavras e uma bibliografia básica.

Os resultados serão divulgados no website do evento no dia 28 de agosto.
O website do evento estará disponível em breve.

Tema 1 – A formação dos acervos científicos: a aquisição como estratégia de produção e preservação da memória científica
Ementa: As políticas de aquisição de acervos adotadas pelas instituições científicas configuram-se como o conjunto de princípios que norteiam seus programas, projetos e procedimentos pertinentes aos processos de crescimento dos acervos. O quadro envolve a discussão sobre linhas de acervos, políticas de gestão, formas de aquisição (recolhimento, doação ou compra), diretrizes para seleção dos materiais doados, instrumentos reguladores, entre outros aspectos. No entanto, estas políticas institucionais não podem ser desarticuladas da demanda da sociedade no que se refere à construção da memória cientifica da própria sociedade. Este processo de reconhecimento por parte da sociedade e das instituições de custódia dos acervos científicos possibilita a legitimação e institucionalização do que passa a ser identificado como patrimônio científico e, portanto, deve ser preservado.

Tema 2 - Políticas de aquisição e políticas de preservação: o desafio institucional de saber quem, como e por que se define o que deve ser adquirido e preservado.

A compreensão do papel essencial das políticas de aquisição das instituições de custódia dos acervos científicos indica a necessidade cada vez mais premente da articulação com as políticas de preservação institucionais. Esta articulação é possível com o rompimento em relação à abordagem preservacionista clássica. Entendem-se as políticas institucionais de preservação como o conjunto de princípios, escolhas e ações que objetivam, por meio do planejamento institucional e da gestão de recursos humanos, tecnológicos e financeiros específicos, proporcionar durabilidade, permanência e acesso aos acervos de forma contínua e em longo prazo. A partir de uma visão estratégica e de planejamento, as decisões que marcam o que constituirá os acervos científicos das instituições e quais as prioridades, diretrizes e ações que fundamentam esta constituição e respectiva preservação, deixam de ser compreendidas como vinculadas a uma gestão e passam, por meio da transparência e de seu embasamento técnico científico, a vincular-se à própria instituição.

Tema 3 - Pesquisadores, arquivistas e conservadores: o diálogo em busca de políticas e diretrizes e para a preservação do patrimônio científico.

A preservação dos documentos produzidos pelas pesquisas em universidades e instituições de pesquisa representa um desafio para arquivistas, pesquisadores e conservadores. O diálogo entre esses profissionais deve ser incentivado de modo a haver uma compreensão mútua do modus operandis de cada um, visando um amplo estudo sobre a preservação dos arquivos oriundos das pesquisas científicas. O conhecimento da importância e significado dessa produção documental para a instituição produtora, para a própria pesquisa científica e para a história da ciência é fundamental para a constituição de um programa de preservação de acervos que seja viável e eficiente

Tema 4 - Usuários dos arquivos científicos: o papel das instituições de custódia de acervos na mediação entre o direito de acesso e as informações com restrições

As iniciativas para assegurar a aquisição e a preservação dos acervos científicos têm como principal objetivo assegurar o acesso ao patrimônio que é produzido no âmbito privado ou público. Esse patrimônio, resultado das atividades científicas, uma vez, institucionalizado, pode descortinar dialeticamente conflitos quanto à questão de acesso. Muitas vezes os acervos ainda guardam características restritivas ao seu acesso e cabe às instituições de custódia regular sobre a questão. A regulação institucional deve considerar os aspectos legais que contornam as relações com os usuários e ao mesmo tempo deve reconhecer o direito de pesquisa do usuário. A discussão ganha maior impulso quando os acervos científicos encontram-se sob a custódia de instituições públicas, ou quando os acervos são produzidos no cenário público.
Associação dos Arquivistas Brasileiros - AAB
Av. Presidente Vargas, 1733- sala 903 • CEP: 20.210-030 Centro - Rio de Janeiro
Tel/Fax: 55 (21) 2507-2239 / 3852-2541

Fonte: Rede Brasileira de História e Patrimônio Cultural da Saúde (RedeBra HPCS)

Câmara Aprova Obrigatoriedade do Ensino de Libras e Braile

A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira proposta que obriga as escolas públicas e privadas a oferecer a seus alunos com necessidades especiais as linguagens específicas que lhes permitam uma perfeita comunicação, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o sistema Braile. A proposta, que foi aprovada em caráter conclusivo e segue para o Senado, estabelece que “os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos com necessidades especiais métodos pedagógicos de comunicação, entre eles: Língua Brasileira de Sinais (Libras), tradução e interpretação de Libras, ensino de Língua Portuguesa para surdos, sistema Braille; recursos áudios e digitais, orientação e mobilidade; tecnologias assistivas e ajudas  técnicas; interpretação da Libras digital, tadoma e outras alternativas de comunicação”. O texto aprovado, que altera o capítulo sobre educação especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), também amplia o conceito de educação especial.
Conforme a definição atual, trata-se da “modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”.
Conforme a proposta, a educação especial é a “modalidade de educação escolar que realiza o atendimento educacional especializado, definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais  especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns oferecidos, preferencialmente, na rede regular de ensino”. As demais características da educação especial, descritas no artigo 59 da lei, são mantidas pela proposta aprovada hoje. O texto aprovado é uma emenda do relator da proposta na CCJ, Efraim Filho (DEM-PB), que se baseou no substitutivo aprovado anteriormente pela Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 6706/06, da ex-senadora Ideli Salvati (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais.
A proposta original previa apenas a inclusão da Libras no currículo, mas foi ampliado, atendendo às demais pessoas com deficiência. O texto volta para o Senado por ter sido alterado. 

Fonte: Blog do Galeno Amorim

Disponível em:
http://www.blogdogaleno.com.br/texto_ler.php?id=10092&secao=32. Acesso em: 26 jun. 2011

Criar-se em Uma Cidade Grande Pode Afetar Negativamente a Saúde Mental

Uma nova pesquisa traz um dado preocupante para os habitantes dos grandes centros urbanos: viver e, até pior, criar-se em uma grande cidade pode afetar negativamente a saúde mental da pessoa. Pesquisadores do Instituto de Saúde Mental da Universidade de Heidelberg publicaram nesta sexta-feira (24) um estudo mostrando como as diferentes estruturas cerebrais respondem a diferentes estímular de estresse social dependendo do ambiente em que a pessoa mora.
A pesquisa apontou, por exemplo, que um morador de uma metrópole como Nova York ou São Paulo ativa com mais frequência sensores na amídala, que controla, entre outras, emoções como a ansiedade e o medo. O pesquisador Andreas Meyer-Lindenberg e sua equipe usaram sistemas de mapeamento e fotografia cerebral para demonstrar como ocorrem essas ativações nervosas.
A amídala, por exemplo, é comumente acionada em situações de estress ou quando a pessoa está ou se sente ameaçada. Moradores de centros urbanos, porém, têm a região do cérebro que aciona a amídala mais sensível e, por isso, desenvolvem respostas a situações do tipo mesmo quando não existem - ao contrário, por exemplo, de quem more no campo ou em cidades menores.
O estudo também mostra que os moradores das grandes cidades têm duas vezes mais chances de desenvolver esquizofrenia - e pior: quanto maior a cidade, maior o risco. As chances pioram se a pessoa nasceu e se criou em um grande centro urbano. Os pesquisadores descobriram que mesmo depois de se mudarem para o campo, essas pessoas apresentaram atividade anormal em outra região do cérebro: o córtex cingular.
“Viver na cidade grande durante os primeiros anos de vida significa que a pessoa ficará mais alerta a situações de estress desencadeadas pelo córtex cingular para o resto da vida”, afirma Jens Pruessner, diretor de um centro de envelhecimento e Alzheimer do Instituto de Saúde Mental de Heidelberg.
“Os resultados identificam mecanismos neurológicos distintos para um fator de risco ligao ao ambiente, e liga o ambiente urbano pela primeira vez ao processamento de estress social. Isso sugere que há diferenças na vulnerabilidade das regiões cerebrais”, afirma Meyer-Lindenberg.
Os estudos foram feitos com estudantes da universidade, e os pesquisadores querem, agora, ampliá-lo para a população geral para entender melhor como o processo funciona.

Fonte: Revista Época

Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI243862-15257,00-CRIARSE+EM+UMA+CIDADE+GRANDE+PODE+AFETAR+NEGATIVAMENTE+A+SAUDE+MENTAL.html. Acesso em: 24 jun. 2011

Curso de Metodologia da Pesquisa Operacional em Saúde

O Núcleo de Apoio Científico (NAC) do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP) promove o I Curso de Capacitação em Metodologia da Pesquisa Operacional em Saúde.
Serão selecionados 20 candidatos com propostas de investigação relacionadas com a área temática da epidemia das DST-HIV-Aids e Hepatites Virais. Com o início previsto para julho, o curso tem carga horária de 40 (quarenta) horas com um encontro semanal (quarta-feira) das 12:00 às 13:30 h.
Todos os candidatos deverão possuir cadastro na Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.
Para mais informações  entre em contato através do telefone (71) 3116-8821 (Srª. Tatiana).
Período de inscrição: 20 de junho a 09 de julho.

Fonte: Secretaria de Saúde-Bahia

Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/portalsesab/index.php?option=com_content&view=article&id=2394&catid=1&Itemid=14 . Acesso em: 24 jun.2011

Debate da Revista de História da Biblioteca Nacional Desvenda Sociedades Secretas

A Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN) promove no dia 28 de junho, terça-feira, às 16h, debate sobre o tema “Sociedades secretas: mais mentiras do que mistérios”, matéria de capa da edição 69 da RHBN. O objetivo é discutir o que está por trás do clima de mistério que cerca organizações como Maçonaria, Bucha, Ninjas, Opus Dei entre outras. O evento terá a participação da historiadora e escritora Isabel Lustosa e do pesquisador Luís Fernando Messeder e integra a série Biblioteca Fazendo História, que acontece uma vez por mês.
O debate será realizado no auditório Machado de Assis da Biblioteca Nacional e terá transmissão pelo site http://www.institutoembratel.org.br/ e acompanhamento, em tempo real, pelo twitter da revista (@rhbn). A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. A presença no evento dá direito a certificados de participação que podem ser utilizados por alunos e professores como horas de atividades complementares.
Os palestrantes
Isabel Lustosa é historiadora, escritora e atualmente atua como pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa. Luís Fernando Messeder é professor da Faetec e autor da dissertação “A Burschenschaft e a formação da classe dirigente brasileira na República Velha” (UFF).
O evento
Biblioteca Fazendo História é uma série de debates mensal realizada pela Revista de História da Biblioteca Nacional, cujo objetivo é discutir temas relevantes da História do Brasil abordados em cada edição da revista.
A revista
Lançada em 2005, a Revista de História da Biblioteca Nacional é a única em seu segmento editorial especializada em História do Brasil e traz a cada mês reportagens e artigos assinados por importantes historiadores e sociólogos. A publicação é mensal e distribuída em bancas de todo o país. Seu conselho editorial é formado por Alberto da Costa e Silva, Caio César Boschi, João José Reis, José Murilo de Carvalho, Laura de Mello e Souza, Lilia Schwarcz, Luciano Figueiredo, Marcos Sá Corrêa, Marieta de Moraes Ferreira, Ricardo Benzaquen e Ronaldo Vainfas.
Serviço
Biblioteca Fazendo História. Auditório Machado de Assis, Fundação Biblioteca Nacional (Rua México s/nº, Centro, Rio de Janeiro). Dia 28 de junho, às 16h. Informações: (21) 2220-4300, ramal 215. Inscrições no próprio local. Entrada franca, com direito a certificado de participação.

Fonte: Fundação Biblioteca Nacional

Conexão Cérebro-Máquina Sem Fio Já Existe, Diz Neurocientista

A primeira conexão sem fio entre um cérebro vivo e uma máquina foi realizada com sucesso, e a descrição do feito já foi submetida para publicação numa revista científica internacional, revelou na quarta-feira (22.06) o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade Duke (EUA).
O pesquisador abordou o novo trabalho em sua palestra no projeto Fronteiras do Pensamento, realizada na Sala São Paulo (região central da capital). O ciclo de palestras tem apoio da Folha.
Outro feito recente do pesquisador e seus colegas é a medição, pela primeira vez, da atividade elétrica de mil neurônios ao mesmo tempo.
Antes disso, o grupo tinha levado sua capacidade de medição ao limite de algumas centenas de células nervosas. Com a sofisticação das medidas e a facilidade de transmitir os dados cerebrais por uma conexão sem fio, o grupo de Nicolelis fica mais próximo de seu principal objetivo aplicado: fazer pessoas paralisadas voltarem a andar com a força do pensamento.
Nicolelis também mostrou o esquema do exoesqueleto cibernético que, segundo seu desejo, deverá vestir um adolescente brasileiro, tetraplégico, na abertura da Copa de 2014, quando ele daria o pontapé inicial.
Ao falar do plano, ainda distante da realidade, Nicolelis chorou, provocando longas palmas da plateia.
Ele ainda respondeu com bom humor a uma pergunta sobre a alma. "Para mim, que sou da Bela Vista, a alma está nos pés. Mas a essência do ser humano fica no cérebro."

Fonte: Folha de São Paulo

Novo Exame Pode Prever Alzheimer, Diz Estudo

Um novo método para diagnosticar indícios do mal de Alzheimer no fluido espinhal pode ajudar a identificar com maior precisão casos em que uma leve perda da memória pode evoluir para a demência total, segundo um estudo divulgado na quarta-feira pela revista Neurology.
"A possibilidade de identificar quem vai desenvolver o mal de Alzheimer bem no começo do processo será crucial no futuro", disse Robert Perneczky, da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), que comandou o estudo.
"Quando tivermos tratamentos que possam prevenir o mal de Alzheimer, poderemos começar a tratá-lo muito precocemente, e possivelmente prevenir a perda de memória e de capacidade de pensamento que ocorre com essa devastadora doença."
Os atuais exames do Alzheimer no fluido espinhal avaliam desequilíbrios em duas proteínas: a beta-amiloide, que forma placas pegajosas no cérebro, e a tau, que é considerada um marcador de danos nas células cerebrais.
Vítimas do Alzheimer tendem a ter níveis reduzidos da beta-amiloide e níveis elevados da proteína tau no fluido espinhal, e médicos costumam examinar isso para confirmar se casos de demência são causados pelo Alzheimer.
No estudo, Perneczky e seus colegas procuraram vestígios de um componente importante da beta-proteína amiloide, chamado proteína precursora amiloide (APP, na sigla em inglês).
"Se você está cortando um biscoito, (a APP) é a massa em torno do biscoito que fica para trás", disse Marc Gordon, pesquisador do Alzheimer no Instituto Feinstein de Pesquisas Médicas, em Manhasset, Nova York. "É isso que eles estão mensurando aqui", disse Gordon, que não participou do trabalho.
Os pesquisadores coletaram o fluido espinhal de 58 pessoas com ligeiros problemas de memória, condição que muitas vezes evolui para o Alzheimer.
Após três anos, 21 pacientes haviam desenvolvido a doença, 27 mantinham a dificuldade cognitiva leve, 8 haviam regredido à capacidade cognitiva normal, e 2 haviam desenvolvido uma doença chamada demência frontotemporal, o que as excluiu do estudo.
A pesquisa mostrou que pessoas que evoluíam para o Alzheimer tinham no fluido espinhal, em comparação aos pacientes que não desenvolveram a doença, níveis significativamente maiores desse vestígio da APP, chamado precursor da beta-proteína amiloide.
Em combinação com outros biomarcadores, como a presença da tau e a idade do paciente, o exame tinha uma precisão em torno de 80 por cento ao prever quem iria desenvolver a doença.
Os cientistas descobriram também que a forma da beta-amiloide geralmente usada nos exames não é tão eficaz para prever quais pacientes com deficiências leves irão evoluir para a demência.
O mal de Alzheimer é fatal e não tem cura, mas laboratórios vêm tentando desenvolver formas de evitar sua progressão, e por isso no futuro os novos exames poderão ser necessários, segundo Gordon.

Fonte: Yahoo Noticias

Disponível em:

Divulgação Científica na Web

A Universidade Federal 
da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB) inauguraram páginas na internet de divulgação científica. Os sites Ciência 
e Cultura Agência de Notícias em CT&I (www.cienciaecultura.ufba.br/agencia) e UnB Ciência (http://www.unbciencia.unb.br/) têm como missão difundir as pesquisas realizadas nas duas instituições. 
Na década de 1990, a UFBA teve uma experiência chamada Ciência Press, 
sem continuidade. “Salvador tem 3 milhões de habitantes, mas um único jornal que produz meia página de ciência com fontes oriundas do eixo Rio-São Paulo”, diz Simone Bortoliero, coordenadora do curso de especialização em jornalismo científico e tecnológico da Faculdade 
de Comunicação da UFBA 
e responsável pela agência. “Os pesquisadores estão reagindo bem. Apenas em um dia cinco professores se candidataram a escrever sobre ciência para nosso site”, conta. Apesar de 
ter levado um ano para colocar o UnB Ciência na rede, a editora de jornalismo, Ana Lúcia Moura, está satisfeita com 
a repercussão. “Os pesquisadores queriam 
ter um espaço para contar 
o que acontece nos laboratórios”,  afirma. 
Com frequência os cientistas se queixavam quando matérias do cotidiano da instituição – 
como greve e vestibular 
– ocupavam lugar de mais destaque no portal da UnB do que as sobre pesquisas.

Fonte: Pesquisa FAPESP Online

Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=71561&bd=2&pg=1&lg=. Acesso em: 24 jun. 2011

Pesquisas Apontam Crescimento da Bulimia Entre Meninos

Um estudo com cerca de 16 mil crianças em Taiwan aponta que 16% dos meninos com idades entre dez e 12 anos admitiram ter induzido o vômito para perder peso.
A pesquisa foi publicada neste mês no periódico "Journal of Clinical Nursing" e estudou meninos de até 18 anos.
A maior prevalência de bulimia (16%) foi na faixa entre os dez e os doze anos. Entre as meninas, 10% sofriam com o transtorno.
Médicos afirmam que a bulimia entre os meninos pode ser motivada por uma tentativa de evitar o bullying, segundo o jornal britânico "Telegraph".
Outro estudo, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, aponta que 4% dos estudantes na pré-escola já usaram laxantes com o objetivo de emagrecer.

Fonte: Folha de São Paulo

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/932578-pesquisas-apontam-crescimento-da-bulimia-entre-meninos.shtml. Acesso em: 22 jun. 2011

Museu Van Gogh Acredita que Autorretrato do Pintor Representa Seu Irmão

O Museu Van Gogh de Amsterdã comunicou nesta terça-feira (21.06.2011) ter indícios de que um autorretrato de Vincent van Gogh (1853-1890), no qual o pintor aparece com uma jaqueta azul e um chapéu amarelo, representa na realidade seu irmão Theo (1857-1891).
O quadro faz parte de uma exposição aberta nesta terça na qual o museu expõe 93 obras do artista pintadas na Antuérpia e em Paris, e que foram objetos de estudo para revelar novos elementos da obra de Van Gogh, segundo indicou a pinacoteca em comunicado.
Segundo o pesquisador Louis van Tilborgh, responsável pelo estudo, no retrato em questão a barba é menos avermelhada que a de outros autorretratos de Van Gogh e está cortada na metade da bochecha, enquanto o pintor a deixava sempre mais espessa.
Tilborgh também acredita que se trata de um retrato de Theo Van Gogh, porque a orelha vista no quadro é muito mais redonda que a do pintor, o que coincide com outras fotos de Theo, que se parecia muito com o irmão.

A mostra, que será exibida até dia 18 de setembro, inclui outras descobertas como o fato do famoso quadro que representa duas botas desgastadas de um operário ocultar uma paisagem parisiense, o que confirmaria que Van Gogh o pintou quando vivia em Paris, onde esteve entre 1886 e 1888, e não na cidade holandesa de Nuenen.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Trágicos Mangás

William Shakespeare, quem diria, virou mangá. Duas das principais obras do dramaturgo, Hamlet e Romeu e Julieta, foram adaptadas ao estilo dos quadrinhos japoneses. O trabalho audacioso, bem-sucedido na Inglaterra e em países de língua inglesa, quis aproximar os jovens leitores dos clássicos universais. O desafio era realizar a tarefa sem perder o conteúdo complexo e eterno de Shakespeare. O poeta e acadêmico Alexei Bueno traduziu para o português a adaptação de Richard Appignanesi. A íntegra dos clássicos não foi desenhada, mas a história está lá, versificada quando assim produzida no original e em prosa quando o respeito ao formato de início foi exigido.
Que não se espere desses trabalhos gírias ou palavras grosseiras. Os diálogos, em sua forma e beleza, foram preservados. Há capricho gráfico, com traços em preto e branco a evidenciar os dramas. Em Hamlet, os desenhos são de Emma Vieceli, premiada artista gráfica japonesa do Sweatdrop Studios. Para Romeu e Julieta, o traço foi de Sonia Leong, especialista em anime e quadrinista premiada. Com o objetivo de transpor as tragédias shakespearianas para o século XXI, mudaram-se os enredos sem alterar os conflitos das histórias.
Em Hamlet, o príncipe da Dinamarca ainda está às voltas com dramas de consciência e a traição em família, mas o leitor é levado a 2017, quando pairam mudanças climáticas e a ameaça de guerras. Em Romeu e Julieta, a história de amor sai de Verona para Shibuya, bairro de Tóquio, e as famílias dos amantes são rivais da máfia Yakuza. Romeu é um astro de rock, mas nada mudou tanto. Hamlet ainda diz: “Ser ou não ser? Eis a questão”.
Outros clássicos do dramaturgo, como Ricardo III, Sonhos de uma Noite de Verão, Otelo e O Mercador de Veneza, também serão transformados em mangá. Sacrilégio? Pode ser. Mas o próprio Shakespeare adaptou contos saxões e lendas dos primeiros bretãos ao Globe Theatre, por volta de 1600. Conta-se que escreveu As Alegres Comadres de Windsor, em 1602, a pedido da rainha Elisabeth, tão aflita para ver as intrigas amorosas no teatro que obrigou o autor a conceber a peça em 15 dias, tomando como fontes várias histórias conhecidas. Lá se vão 400 anos. Quem sabe a ousadia não possa sacudir a poeira do bardo. Se pelo menos um jovem decidir ler mais, graças a esses gibis, a iniciativa terá valido.

Fonte: Revista Carta Capital

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/cultura/tragicos-mangas. Acesso em: 21 jun. 2011

Os 10 Anos da Reforma Psiquiátrica no Brasil

Apesar de discutida há mais de duas décadas no Brasil, a reforma psiquiátrica completou no mês de Abril, apenas 10 anos. Formalizada em 2001, a lei nº 10.216 estabeleceu as diretrizes da saúde mental no país, moldurando uma nova estratégia, fundada na humanização do tratamento e na formação de uma rede, cujo núcleo deixou de ser o hospital.
Defensor desse modelo, o governo federal criou, em 2003, o programa De Volta Para Casa, que hoje atende mais de 3,7 mil brasileiros em 614 municípios, sendo 19 habilitados pelo Ministério da Saúde. Baseado na lógica da descentralização, o programa concede um auxílio de R$ 320 aos pacientes que receberam alta da internação psiquiátrica. Segundo informações do ministério, em 2010, foram investidos R$ 13,8 milhões no De Volta. Para a atenção especializada, foram consolidados os Centros de Atenção Psicossocial (os CAPS), que atualmente são 1.620 – número quatro vezes maior que em 2002, quando se registravam 424 centros.
O modelo, entretanto, é ainda questionado por muitos profissionais da área de saúde, que não concordam com o processo de “des-hospitalização”, que estaria sendo provocado pela desistitucionalização – bandeira da reforma.
Em entrevista ao Brasilianas.org, o novo coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori explica porque o modelo atual é o melhor e qual os problemas que ainda devem ser enfrentados. “A questão de des-hospitalizar, dentro da reforma, é uma etapa para você atingir os objetivos mais importantes”, afirma.
Confira abaixo os principais momentos da entrevista.
Brasilianas.org – A desistitucionalização, promovida pela reforma psiquiátrica no país, diminuiu o número de leitos da saúde mental, tirando o hospital do centro do tratamento de pacientes. Mas esse processo não tem caminhado para uma “des-hospitalização”?
Roberto Tykanori – São duas coisas diferentes. Des-hospitalizar é realmente um processo que ocorre de retirar as pessoas dos hospitais. Essa idéia tem vários aspectos, sendo que o principal é mudar o eixo do atendimento e o eixo do investimento. Isso tem a ver com a mudança de modelo, porque significa sair do raciocínio centrado no hospital, e construir outro tipo de modelo. Existe uma dimensão, dentro da palavra “des-hospitalizar”, que é a seguinte: descentralizar o recurso que concentrado no sistema hospitalar. Ou seja, tem o aspecto de des-hospitalizar o dinheiro.
Do ponto de vista do desenvolvimento da política, é crucial você conseguir transferir recursos de um sistema, que já está aplicado e concentrado num sistema hospitalar, para outro sistema, que tem outro modo de raciocinar. A questão de des-hospitalizar, dentro da reforma, é uma etapa para você atingir os objetivos mais importantes. Estamos saindo de um modelo que era concentrado, tanto de recursos, como de pessoas. Havia uma distribuição de recursos para poucos lugares, e as pessoas que tem acesso a esses lugares ficam super-concentradas num mesmo ponto. O modelo novo descentraliza o recurso, para facilitar o acesso e torna os espaços de atendimento não concentracionários. Os pontos passam a ser de convívio.
Passa-se, também, a mudar o foco, para cada vez menos nas situações extremas, para cada vez mais olhar e apoiar os pacientes no seu cotidiano. Passa a haver a possibilidade de atendimento nas situações cotidianas. Em 2002, houve 460 mil atendimentos; em 2010, com essa descentralização e esse processo de transferência de recursos para uma rede nacional, aumentando o acesso e a oferta, fizemos 21 milhões de atendimento.
Mas apesar dessa descentralização, o que se verifica, em outros países, é que modelos desse tipo esbarram nos contingentes de doentes mais graves, que não conseguem viver sem supervisão institucional. Não há esse problema aqui?
Por que temos 21 milhões de atendimentos? Não significa 21 milhões de pessoas; significa o conjunto de atendimentos muito mais denso e intenso. Tem pessoas, que precisam passar pelo atendimento apenas uma vez por mês, mas outros precisam de atendimento cotidiano, de cuidados intensivos. Antes, como eu disse, havia uma concentração muito grande de recursos e de pessoas, mas pouquíssimos profissionais na rede. Hoje, temos uma quantidade enorme de pessoas ofertando atendimento. No aspecto concentracionário, você tinha parentes para tomar conta das pessoas e pouquíssimos funcionários. No modelo atual, cada vez mais fazemos um rede de pessoas.
Em entrevista a este blog, o ministro Alexandre Padilha falou da necessidade de se organizar as redes de atenção do SUS, promovendo a regionalização do sistema. Como tem sido trabalhado o atendimento básico em saúde mental nas redes interfederativas do SUS, uma vez que o foco de muitas delas tem sido a alta complexidade?
Este é um ponto importante. Estamos numa fase em que o sistema está crescendo, mas ainda depende de processos de investimentos. De fato, precisamos avançar na integração de conceitos e práticas junto à atenção primária. Porque, assim como a atenção primária vai ser um reposicionamento, este reposicionamento envolve estabelecer colaboração e sinergia com o sistema de saúde mental, para que a gente atinja, capilarmente, cada vez mais pessoas. Quando o atendimento à saúde mental e a atenção básica estão bem próximos das pessoas, você pode lidar com as situações de conflito da vida cotidiana e real das pessoas. Isso significa ter uma estratégia de atender preventivamente. É um aprimoramento do sistema.
Um ponto que alguns especialistas criticam do sistema de saúde mental brasileiro se refere à ausência da prevenção secundária. O ministério tem se preparado para esta etapa do atendimento?
Quando pensamos em prevenção secundária, é só de trabalho ambulatorial, e isso se mostra, historicamente, ser insuficiente. Como já falei aqui, deve-se colocar o foco no dia-a-dia do paciente, e não apenas no transtorno mental agudo. E o dia-a-dia é difícil. Então, a rede, além de atender principalmente casos graves e de ruptura, o fundamento mais importante é a continuidade do atendimento e da atenção. E isso só se dá em rede.
Por isso que se pensa que, além dos gastos, você tem procedimentos terapêuticos, centros de convivência, você busca ter oficinas de trabalho. Essa composição garante trabalho, renda, lazer e tratamento. Esse tipo de coisa é que vai gerar aquilo que se chama de prevenção secundária, ou seja, a sustentabilidade das pessoas, evitando recaídas ou crises mais prolongadas.
O Brasil possui um sistema básico de prevenção de doenças mentais? Há doenças que, apesar de mentais, podem ser evitadas, como depressão pós-parto ou alguns quadros maníacos.
No caso específico das mulheres grávidas, foi lançada recentemente a chamada Rede Cegonha, que é uma proposta ampla de reorganização da atenção às mulheres grávidas. Um dos componentes é o investimento na qualificação e aprimoramento e passa exatamente por isso. Um dos critérios, que vai ser adotado daqui para frente na rede, é que mulheres que tenham passado histórico de problema mental devem ter histórico de depressão. Ou casos de saúde mental, passam a ser considerados um risco. Ela [a mulher] passa a ser observada durante a gravidez e depois do parto com um protocolo diferenciado.
Isso no caso da depressão na gravidez. Mas casos mais graves de outras psicoses recebem a mesma atenção? A internação hospitalar de urgência, por exemplo, é realizada?
A situação da prevenção é a seguinte: quando você vai atender as pessoas, e está cada vez mais perto, a ação é intervir de fato nos conflitos menores, nas situações de menor complicação…
E as de maior complicação?
É como se fosse o efeito de cascata. Interferindo num problema menor, você evita que ele cresça. Tem problemas que vão crescendo, à medida que elas pedem atendimento. Prevenção é você ajudar a superar essas dificuldades no cotidiano. Faz parte das novas diretrizes qualificar os prontos-socorros – em casos de ruptura, o paciente é encaminhado para lá. Atualmente, temos centrado nos prontos-socorros especializados. Nesse primeiro atendimento, o paciente é atendido por especialistas ou não-especialistas. E ali, a gente precisa qualificar, de fato, esse processo. Vai haver um processo de reorganização das portas de emergência, o que envolve uma qualificação de todos os pontos de atendimento dos casos mais agudos.
Pode-se dizer que um dos obstáculos do tratamento da saúde mental é a dificuldade de se definir diagnósticos quando a doença ainda está na fase inicial?
Na questão específica da depressão, é importante colocar, pois há mudanças de aspectos da doença, que atualmente merecem uma inflexão. Nos últimos meses, diversas pesquisas, particularmente americanas, que mostram que a grande parte da população que atualmente está sendo medicada com esse discurso preventivo, nos EUA, tem os efeitos equivalentes a um placebo. Não significa que seja inócuo, mas se trata de placebo. Isso começa a jogar luz na necessidade você reorganizar o sistema, pois são milhões de pessoas (da população e de parte dos profissionais também) que, culturalmente, entendem que basta tomar um remédio, pois ele ou previne ou trata rapidamente.
Essas pesquisas mostram equívocos, porque os remédios custam caro para as pessoas. A eficácia desses remédios é questionada. A rigor, estamos retomando paradigmas de atendimentos mais antigos, que eram mais fracos, na verdade.
Hoje, em alguns casos, a primeira medida é passar 30 dias de apoio psicossocial, e não entrar com médico. Porque aí outras pesquisas mostram que essas abordagens sociais tem mais efetividade e eficácia do que o procedimento de medicação. Por outro lado, existem outras indicações de que introduções de remédios, em situação em que são desnecessários, acabam gerando, ao longo do tempo, crises piores. Isso é uma mudança de eixo que vem sendo feita com amplos debates.
Qual a base conceitual da reforma brasileira? Ela é totalmente influenciada pelo movimento italiano, de Franco Basaglia?
A boa coisa do Brasil é que, como ele entrou na reforma bem a posteriori, depois da reforma nos EUA, da França e da Itália, isso permitiu à gente fazer um amálgama daquilo que tem de interessante e positivo dessas diversas experiências. A experiência italiana é análoga, de certa forma. Ela é tardia, se comparada com os outros países. O que o Basaglia promoveu foi, de certa forma, o que o Brasil fez, ou seja, tirou o que havia de interessante das experiências anteriores. Aprender com o Basaglia é “vamos aprender com todo mundo”. Aprendemos a copiar assim como os italianos aprenderam.
Qual a contribuição do movimento psicanalítico na formação da reforma? Consegue-se pensar na psicanálise dentro das políticas de saúde mental?
O campo da psicanálise é bastante heterogêneo. Mesmo dentro da psicanálise existem muitas “psicanálises”, o que abre espaço para muitas incongruências dentro dela. As contribuições que foram sendo absorvidas foram, ao longo da história, mostrando a importância de que o psiquismo não é uma coisa a ser deixada de lado – as pessoas possuem uma vida interior, tem idéias, desejos, e isso é um ponto para tratarmos de alguém. No âmbito geral, a psicanálise enriquece a cultura do cuidado e do atendimento. Como tecnologia, há vários tipos de profissionais – o lacaniano, o freudiano etc. – não necessariamente é uma ferramenta a ser utilizada como estratégia única para o planejamento da saúde mental.
O ministério sabe onde estão os loucos, genéricamente falando, do Brasil? Aqueles que estão nas ruas e nas cadeias, como podem ser identificados e tratados?
Para se ter idéia, 3% da população teria algum tipo de problema grave. No Brasil, temos cerca de seis milhões de pessoas nas ruas. 3% de 200 milhões de brasileiros é seis milhões. Então seria quase metade de São Paulo distribuída por aí, sé de casos graves. Dos casos leves, seriam mais 9%, ou seja, aproximadamente 20 milhões. Assim, um em cada dez brasileiro, talvez, está na rua, louco. Então, essa é uma imagem equivocada, dizer que a maior parte dos loucos está nas ruas.
Muita gente que está na rua tem problema, isso é verdade. Certamente, de modo grosseiro, 90% tem problema com álcool. Só o fato de estar na rua, aumenta a vulnerabilidade, e a pessoa piora bastante. Mas, do ponto de vista de uma política pública, primeiro as pessoas precisam sair da rua. Nesse sentido, o governo está desenvolvendo uma estratégia, com a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social, de combate à miséria. Existe o Plano Nacional para a população de rua, cuja implementação está sendo feita gradualmente.

Fonte: Revista Carta Capital

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/saude/os-10-anos-da-reforma-psiquiatrica-no-brasil. Acesso em: 21 jun. 2011

O Bullying e a Omissão

No dicionário Webster, a definição é clara: bullying é tratar abusivamente, por meio de força ou coerção. É necessário, portanto, que o agressor seja alguém ou um grupo de pessoas com superioridade física ou mental que maltrate sua vítima de maneira intencional e repetitiva. É preciso diferenciar bullying de assédio, no qual não é necessária superioridade física e a coerção tem um objetivo claro, comumente a vantagem sexual. Outra situação diferente é o bullying cibernético, no qual não há contato físico. Em geral, a vítima não identifica seu agressor, o abuso não ocorre em tempo real e a vítima entra no espaço virtual por vontade própria. No ciberbullying, há outras abordagens.
Os exageros no uso do termo bullying como causa do comportamento antissocial são prejudiciais porque podem acobertar outras psicopatias graves ou que merecem tratamento totalmente distinto. Hoje, o bullying parece ser a desculpa preferida dos que têm personalidade psicopata e dos que têm um comportamento que está no limbo, entre o normal e o patológico. No início de abril, em uma conferência sobre o tema ocorrida na Casa Branca e patrocinada pelos Obama, o próprio presidente dos EUA declarou ter sido vítima de bullying. Dá para imaginar o efeito disso se realmente o bullying tiver um crucial papel na criação de assassinos? Nem todo assassinato ocorre porque o criminoso apanhava do pai ou sofria nas mãos dos colegas.
O problema do bullying é mais embaixo. Mais comum entre as crianças, existe na maior parte do caso uma superioridade física do agressor e uma baixa autoestima da vítima. Parece um tema atual, mas o termo já era usado no século XVII. E quem não se lembra de um João Grandão que batia sem motivo em todo mundo da classe? De acordo com o doutor  Guilhermo Bigliani, especialista na área, 63% das trabalhadoras brasileiras são vítimas de bullying, principalmente as negras. O bullying é grave, pois demonstra uma falta de intervenção de alguém mais poderoso que o agressor para proteger a vítima.
Na Inglaterra pós-crise, 54% dos jovens estão envolvidos em bullying, e um terço das crianças é vítima ou agride os seus irmãos. No Brasil, mais de 40% da população escolar, segundo a Sociedade Brasileira de Combate ao Bullying, já sofreu abusos do gênero. Nas culturas capitalistas, o bullying é mais tolerado e praticado quanto maior for a pobreza.
Nas civilizações primitivas, o bullying era prontamente coibido pelo interventor que estava sempre próximo das crianças e não tolerava transgressões. Apesar de não escrita, a lei estava incrustada no comportamento automático das pessoas. Hoje, tudo está no papel, mas ninguém lê.
Agora, uma criancinha de 4 anos que conversa com a coleguinha na sala de aula vai para a cadeira do isolamento, enquanto um jovem de 16 anos pode arrebentar a cara do colega na sala de aula e o professor, com medo de ser agredido, finge não ver. Este é o problema verdadeiro: a punição do comportamento que é adequado e a tolerância do interventor ao comportamento antissocial que promove o bullying.
O bullying não ocorre apenas em crianças. Uma discussão extremamente didática sobre o tema entre três especialistas na área, entre eles o dr. Bigliami, e que se transformou em livro a ser editado ainda neste ano, com o título Humilhação e Vergonha, Diálogo Sistêmico Psicanalítico, deverá ter espaço na cabeceira de professores. A obra expõe como a nossa sociedade, moderna e caótica, permite a ascensão do bullyboy ou bullygirl no Estado ou nos altos cargos de direção de empresas, provocando depressão, ansiedade e até suicídio entre as vítimas. A doutora Young Shin Kim, da Universidade de Yale (EUA), analisou 37 estudos de 13 países diferentes e notou que as vítimas de bullying têm até nove vezes mais pensamentos suicidas que indivíduos que não sofreram tal abuso. Para ela, quem sofre bullying pode não estar tão sujeito ao risco de se tornar assassino, mas com certeza é um suicida em potencial.

Fonte: Revista Carta Capital

Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/saude/o-bullying-e-a-omissao. Acesso em: 21 jun. 2011

Google Lança Busca Instantânea no Brasil

O Google anunciou, a versão nacional do sistema de buscas, o recurso Instant Search, que exibe resultados em tempo real. Com isso, as buscas poderão ser alteradas ou feitas sem a necessidade de clicar no botão Pesquise no Google ou de usar a tecla Enter.
A função foi apresentada na versão americana do site em setembro do ano passado. Segundo a empresa, com o novo recurso, o usuário pode economizar entre dois e cinco segundos por pesquisa. A estimativa da empresa é que, somados todos os usuários, 3,5 bilhões de segundos sejam economizados por dia — ou 11 horas a cada segundo.
O sistema inclui, também, uma função de autocomplemento, que sugere termos de busca conforme o usuário inicia a inserção das palavras na caixa de pesquisa. De acordo com o Google, 15 novas tecnologias foram utilizadas na implantação da ferramenta.
O novo sistema deve ser ofertado gradualmente aos usuários ao longo da semana. Caso prefira, o usuário poderá desabilitar a função e usar o Google em seu modo tradicional. O vídeo publicitário abaixo foi feito para o lançamento do serviço no Brasil.

Fonte: Conselho Federal de Biblioteconomia

Disponível em: http://www.cfb.org.br/noticias-cfb.php?codigo=802. Acesso em: 21 jun. 2011

Precisamos de Palavras Para Pensar?: o que ouvimos ou escolhemos dizer afeta a intensidade de nossas ondas cerebrais

Muitos cientistas argumentam que o raciocínio necessita dos vocábulos para ser produzido, apoiando-se na ideia de que o pensar seria uma espécie de conversa subjetiva consigo mesmo. Outros alegam que recorremos, antes das palavras, a “uma linguagem do pensamento”, fundamentada em imagens mentais e abstrações. Há ainda aqueles que defendem que apenas para alguns tipos de raciocínio as palavras são indispensáveis, o que nos leva a considerar o funcionamento linguístico em mais de um “módulo”.

Qualquer que seja o caso, na maioria das vezes as palavras que escolhemos dizer – ou ouvimos – afetam nossos pensamentos. É o caso, por exemplo, de termos ofensivos, agressões e palavrões, que tendem a causar exaltação física, como aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos. Já palavras doces, ditas de forma amorosa, tendem a nos mobilizar afetivamente, despertando ternura. Estudos recentes desenvolvidos na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, por meio de técnicas de imageamento, revelaram que as ondas cerebrais de quem fala e de quem ouve tendem a se tornar similares. E quanto mais o ouvinte está receptivo ao que escuta, mais seu cérebro se “adapta” ao do interlocutor. O que os estudiosos não sabem ainda é quanto essa proximidade tem a ver com as palavras em si ou com a entonação, com a empatia despertada pela voz e com as mais diversas associações afetivas possíveis.

Outro ponto curioso descoberto por neurocientistas é que, dependendo da língua materna, usamos uma parte específica do cérebro para resolver problemas que exigem raciocínio. A diferença é visível, por exemplo, quando grupos de voluntários chineses e americanos são convidados a resolver questões simples de matemática enquanto são monitorados por exames de neuroimagem. Nessas situações é possível constatar que áreas neurais diferentes são acionadas em pessoas das duas nacionalidades.

Fonte: Revista Mente e Cerébro

Perda de Sono na Infância Pode Contribuir Para o Desenvolvimento de Sintomas de TDAH: problemas com hiperatividade e desatenção podem aparecer antes mesmo do diagnóstico da doença

Crianças que dormem pouco têm mais problemas com hiperatividade e desatenção durante o começo da infância. De acordo com uma pesquisa apresentada nesta terça-feira durante encontro das sociedades médicas para o sono, nos Estados Unidos, menos horas de sono podem significar uma piora nos sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) até os seis anos.
“Os resultados sugerem que algumas crianças que não têm um sono adequado apresentam mais problemas comportamentais, como hiperatividade, impulsividade e falta de atenção”, diz Erika Gaylor, coordenadora do estudo. Segundo Erika, o TDAH não costuma ser diagnosticado até a idade escolar, mas o desenvolvimento de sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade, muitas vezes, pode ser visto anos antes.
Já os problemas com sono, em particular as dificuldades em adormecer e permanecer dormindo, são frequentemente relatados em crianças e adolescentes com TDAH. Em geral, recomenda-se que crianças até os três anos tenham de 12 a 14 horas de sono, e dos três aos seis durmam de 10 a 12 horas por noite. No entanto, apesar da relação entre sono e TDAH já ter sido encontrada, os cientistas não conseguiram ainda definir exatamente como isso ocorre.

Livros Digitais Mudarão Nosso Cérebro?: desde o aparecimento da plataforma, especialistas discutem a capacidade dela de provocar mudanças na leitura, no aprendizado e na mecânica cerebral

Em 2009, quando a segunda geração do Kindle, o leitor de livros digitais da Amazon, chegou aos Estados Unidos, iniciou-se uma discussão sobre a capacidade de a nova plataforma provocar transformações nos processos de leitura, aprendizado e até mesmo na mecânica cerebral. O jornal americano The New York Times ouviu especialistas ligados à educação provenientes de diferentes áreas a respeito. Algumas ideias apresentadas pareceram pertinentes.
Para Alan Liu, pesquisador da Universidade da Califórnia, os e-books transformariam o ritual da leitura, solitário por excelência, em uma cerimônia coletiva, onde o principal agente transformador é o ambiente. As silenciosas bibliotecas, na visão dele, dariam lugar aos animados cafés, onde os jovens passariam a equilibrar a atenção focal e periférica (na obra que leem e no ambiente ao redor), algo muito difícil até então.
A distração é o principal obstáculo à leitura digital, apontou Sandra Aamodt, ex-editora chefe da revista Nature Neuroscience. Ela questionou a eficiência dos e-readers e destacou: "A leitura em uma tela exige maior esforço por parte do usuário."
Gloria Mark, também da Universidade da Califórnia, foi menos cética. Ela defendeu que o hipertexto, presente os livros digitais, enriquece o processo de aprendizado. Embora reconheça a vantagem de buscar, simultaneamente, informações adicionais na rede enquanto se entrega à leitura nos dispositivos eletrônicos, ela chamou a atenção para a falta de profundidade nesse processo. "Os jovens, quando conectados, alternam suas atividades a cada três minutos", alertou.
Maryanne Wolf, diretora do Centro de Pesquisa em Leitura e Linguagem da Universidade Tufts, fez uma defesa apaixonada da capacidade de adaptação dos jovens aos e-books. Ela explicou que o processo de leitura é baseado em uma arquitetura aberta e que essa característica torna mais flexível a absorção de conteúdo.No entanto, a especialista ressaltou que nos dispositivos eletrônicos a leitura é mais veloz e, portanto, superficial. "Nesse caso, o circuito formado entre as áreas do cérebro envolvidas na leitura não chega àquela região em que ela seria processada de maneira mais analítica".
Entre os acadêmicos havia também os otimistas. David Gelernter, professor da Universidade de Yale, duvidava que a qualidade da leitura estivesse diretamente vinculada ao suporte em questão. Ele disse que o "meio não é a mensagem" e que a forma como o conhecimento chega ao ser humano é irrelevante. Na concepção de Gelernter, o que importa é a excelência do conteúdo e não o seu intermediário.

Fonte: Revista Veja